
A Justiça Federal determinou o bloqueio de bens de 61 investigados na operação Rejeito, que apura suspeitas de corrupção no setor de mineração em Minas Gerais e na ANM. As ordens somam R$ 1,5 bilhão, mas instituições financeiras informaram que foram localizados apenas R$ 27 milhões nas contas dos alvos após a deflagração da ação da PF em 17 de setembro. Com informações do UOL.
O caso foi enviado ao STF recentemente, após a Polícia Federal identificar menção ao nome do senador Rodrigo Pacheco. Investigações apontam atuação junto a órgãos de fiscalização estaduais e federais, como ANM, Semad, Iphan, Feam, IEF e Copam. Servidores públicos vinculados a órgãos ambientais foram afastados, e os presos seguem detidos até hoje.
O empresário Alan Cavalcante é apontado como chefe do esquema e possuía R$ 20,7 mil em contas bancárias. Quebras de sigilo mostram que ele recebeu mais de R$ 225 milhões de empresas envolvidas no período de dezembro de 2019 a dezembro de 2024. Sua defesa foi procurada, mas não respondeu.

Dez empresas ligadas aos investigados foram registradas com saldo zerado, incluindo uma mineradora. A investigação indica utilização dessas companhias como contas de passagem para movimentação de valores relacionados ao grupo, segundo documentos judiciais.
Em decisão, a Justiça Federal em Minas Gerais relatou indícios de pagamento de vantagens para obtenção de autorizações ambientais irregulares voltadas a projetos minerários. O texto autorizou diligências específicas para identificar envolvidos e operações financeiras suspeitas.
Após a operação, o governador de Minas, Romeu Zema, afirmou que sua gestão estava “dando apoio à operação” e citou suspeitas já avaliadas pela Controladoria-Geral do Estado. O processo aguarda análise do ministro Dias Toffoli no STF.