Bloqueio de R$1,5 bi encontra só R$27 milhões após operação da PF em MG

Atualizado em 2 de novembro de 2025 às 8:08
O empresário Alan Cavalcante em close, sorrindo para a câmera
O empresário Alan Cavalcante – Reprodução

A Justiça Federal determinou o bloqueio de bens de 61 investigados na operação Rejeito, que apura suspeitas de corrupção no setor de mineração em Minas Gerais e na ANM. As ordens somam R$ 1,5 bilhão, mas instituições financeiras informaram que foram localizados apenas R$ 27 milhões nas contas dos alvos após a deflagração da ação da PF em 17 de setembro. Com informações do UOL.

O caso foi enviado ao STF recentemente, após a Polícia Federal identificar menção ao nome do senador Rodrigo Pacheco. Investigações apontam atuação junto a órgãos de fiscalização estaduais e federais, como ANM, Semad, Iphan, Feam, IEF e Copam. Servidores públicos vinculados a órgãos ambientais foram afastados, e os presos seguem detidos até hoje.

O empresário Alan Cavalcante é apontado como chefe do esquema e possuía R$ 20,7 mil em contas bancárias. Quebras de sigilo mostram que ele recebeu mais de R$ 225 milhões de empresas envolvidas no período de dezembro de 2019 a dezembro de 2024. Sua defesa foi procurada, mas não respondeu.

governador de Minas, Romeu Zema, de óculos de grau e camisa polo branca, falando sem olhar pra câmera
O governador de Minas, Romeu Zema – Reprodução

Dez empresas ligadas aos investigados foram registradas com saldo zerado, incluindo uma mineradora. A investigação indica utilização dessas companhias como contas de passagem para movimentação de valores relacionados ao grupo, segundo documentos judiciais.

Em decisão, a Justiça Federal em Minas Gerais relatou indícios de pagamento de vantagens para obtenção de autorizações ambientais irregulares voltadas a projetos minerários. O texto autorizou diligências específicas para identificar envolvidos e operações financeiras suspeitas.

Após a operação, o governador de Minas, Romeu Zema, afirmou que sua gestão estava “dando apoio à operação” e citou suspeitas já avaliadas pela Controladoria-Geral do Estado. O processo aguarda análise do ministro Dias Toffoli no STF.

Jessica Alexandrino
Jessica Alexandrino é jornalista e trabalha no DCM desde 2022. Sempre gostou muito de escrever e decidiu que profissão queria seguir antes mesmo de ingressar no Ensino Médio. Tem passagens por outros portais de notícias e emissoras de TV, mas nas horas vagas gosta de viajar, assistir novelas e jogar tênis.