
Nesta sexta-feira (31), o pastor bolsonarista Silas Malafaia publicou um vídeo em suas redes sociais para comentar a chacina policial nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, que resultou em 121 mortos, incluindo quatro policiais. O religioso direcionou ataques ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou esclarecimentos do governador Cláudio Castro sobre a atuação das forças de segurança.
No vídeo, Malafaia afirmou que “eu não tenho medo do ditador da toga Alexandre Moraes que promove perseguição política e religiosa contra mim para me intimidar e me calar”. O pastor reclamou da determinação de Moraes para que o governador prestasse informações sobre a ação policial, mencionando deslocamento do ministro ao Rio de Janeiro.
Segundo o pastor, a discussão teria origem na ADPF das Favelas, decisão do STF julgada após solicitação de partidos, com a exigência de justificativas e comunicação ao Ministério Público antes de operações.
AÇÃO DA POLÍCIA! Alexandre de Moraes se mete onde não é sua competência.
Por que as favelas do Rio se tornaram quartel-general do crime organizado no Brasil? Esse vídeo responde! pic.twitter.com/2ZrbbxgRDv
— Silas Malafaia (@PastorMalafaia) October 31, 2025
Na sequência, o religioso direcionou ataques ao ministro Edson Fachin, hoje presidente da Corte. “O relator foi o esquerdopata de carteirinha, cabo eleitoral de Dilma”. Ele mencionou competências constitucionais para justificar sua posição e citou atribuições do Ministério Público.
O pastor afirmou que “Alexandre de Moraes vem ao Rio de Janeiro, sai de Brasília para o governador dar satisfação a ele. Isso é uma aberração. Isso é uma vergonha”. Ele classificou a atuação do magistrado como inadequada e insistiu em críticas aos limites de atuação dos poderes.

Em outro momento, Malafaia sugeriu motivação midiática, afirmando que “quer aparecer, Alexandre Moraes? Pendura uma melancia no teu pescoço”. O pastor manteve críticas ao julgamento das operações policiais e citou a presença de criminosos de outros estados na região.
O religioso de maneira contraditória ao apoio, também declarou que a maioria dos moradores das comunidades é formada por trabalhadores, destacando que não tem relação com o crime organizado. Ele também apresentou opiniões sobre o cenário de segurança pública nas grandes cidades brasileiras.
Ao final do vídeo, Malafaia conclamou seguidores religiosos a orar pelo país. O pastor pediu proteção às famílias que vivem em áreas consideradas de risco e mencionou pedidos por paz e orientação às autoridades.