Ana Campagnolo afirmou que Bolsonaro deseja eleger os filhos como projeto de família, para que eles não sejam presos. E que é contra a candidatura de Carlos em SC pq essa vaga já foi prometida a Esperidião Amin.
Ataca, se vitimiza, distorce e mente. pic.twitter.com/NfOvQMVMhQ
— Bia da Caserna  (@bia_dacaserna) November 3, 2025
Em entrevista ao programa Pânico, da Jovem Pan, a deputada estadual Ana Campagnolo (PL-SC) afirmou que Jair Bolsonaro quer “salvar o filho” ao lançar Carlos Bolsonaro (PL-RJ) como pré-candidato ao Senado por Santa Catarina.
Segundo ela, o ex-presidente acredita que manter membros da família no Senado tornaria o grupo “menos vulnerável ao STF”.
Campagnolo voltou a comentar a crise interna no PL catarinense, dizendo que a entrada de Carlos no estado “desestabilizou o projeto da direita” e afastou a deputada federal Caroline de Toni, que era o principal nome da legenda para disputar o Senado.
“Temos 580 vereadores no PL, e 530 estavam com a Carol. Quando o Carlos veio, ele assumiu a vaga que era dela. Se ela insistir na candidatura, vai ter que sair do partido”, afirmou Campagnolo.
A parlamentar destacou que o PL nunca teve duas vagas asseguradas para o Senado e que a segunda já vinha sendo negociada há mais de um ano com o senador Esperidião Amin (PP), aliado de Bolsonaro. “Quem é catarinense sabe que essa vaga está prometida ao Amin. O PL não vai lançar chapa pura”, disse.
Segundo Campagnolo, o próprio governador Jorginho Mello (PL) confirmou que a segunda vaga será destinada à coligação. “O governador me autorizou a dizer publicamente que não haverá chapa pura. A segunda vaga é da coligação, e ponto final.”
Ela também afirmou que Caroline de Toni está em conversas com o Partido Novo, discutindo uma possível filiação com Eduardo Ribeiro e Marcel Van Hattem. “A Carol é nossa deputada mais votada, ex-presidente da CCJ, mas perdeu espaço. Vai ter que sair do PL”, declarou.
Campagnolo disse não ser contrária à presença de Carlos Bolsonaro em Santa Catarina, mas criticou a forma como o processo foi conduzido. “Eu disse que ele era bem-vindo, mas a chegada dele desorganizou o projeto da direita catarinense”, concluiu.
Nos bastidores, aliados de Caroline de Toni avaliam que a decisão de Jair Bolsonaro de apoiar o filho no estado enfraqueceu o PL local e aprofundou a divisão entre suas lideranças.