Corpo fuzilado no rosto em chacina no Rio não era de “Japinha do CV”

Atualizado em 3 de novembro de 2025 às 21:05
Penélope, do Comando Vermelho. Foto: Reprodução

Uma nova apuração descartou que o corpo encontrado após a megaoperação nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, seja da jovem conhecida como “Musa do CV”, identificada como Penélope. A imagem que circulou nas redes sociais mostrava um cadáver com ferimentos no rosto, vestindo roupa camuflada e colete. Policiais envolvidos afirmaram que se trata de um homem cuja identidade não foi divulgada. Com informações do Metrópoles.

A lista oficial publicada pela Polícia Civil reúne 117 mortos, todos do sexo masculino. Esse levantamento foi acompanhado por órgãos de investigação e serviu para confirmar identidades dos alvos atingidos durante a ação. A ausência da jovem nesse relatório gerou novas dúvidas sobre seu destino após o confronto.

Penélope vinha sendo citada em investigações preliminares como responsável por funções ligadas à proteção de rotas de fuga e a áreas estratégicas do Comando Vermelho. Registros anteriores mostram a suspeita equipada com armamento pesado e vestimentas militares. Após o avanço das tropas estaduais, o paradeiro dela não foi esclarecido.

Com a repercussão da foto, perfis falsos passaram a circular pela internet utilizando a imagem da investigada. Em algumas publicações, familiares pediram que a circulação das imagens cessasse.

A operação tinha como objetivo conter o avanço territorial da facção e cumprir ordens judiciais pendentes. Entre os mortos identificados, 59 possuíam mandados de prisão em aberto, e 97 apresentavam histórico criminal relevante. Outros 12 são investigados por indícios encontrados em redes sociais, conforme informou a Polícia Civil.

As circunstâncias das mortes são analisadas pela Delegacia de Homicídios, e o Ministério Público acompanha a tramitação. A Subsecretaria de Inteligência monitora possíveis ligações dos mortos com a facção. Ainda não há atualização oficial sobre Penélope.