
O bolsonarista Jorginho Mello foi eleito para governar Santa Catarina. Mas quem manda na política do estado, impondo ordens, é Bolsonaro.
Bolsonaro determinou que o filho, Carluxo, deve ser candidato a senador por Santa Catarina, afastando da disputa a deputada Carol De Toni, também do PL.
A outra vaga da extrema-direita na eleição havia sido prometida há muito tempo por Jorginho ao senador Esperidião Amin, do PP, que vai tentar a reeleição.
Com Bolsonaro impondo que a outra vaga é do filho, Carol foi colocada de lado. Ela faria dobradinha com Amin, até surgir a candidatura de Carluxo.
O Globo entrou atrasado hoje na briga dos Bolsonaros com Carol, que ameaça deixar o partido se Carluxo for mesmo, por ordem do pai, o candidato do PL.

O que apenas prova que a família tomou conta do estado e que o governador é um preposto de Bolsonaro. Todos eles sabem que se elegeram por causa de Bolsonaro — ou seja, a dívida ainda está sendo paga.
Parte da elite empresarial do estado já reagiu à interferência da família, defendendo que os dois nomes ao Senado sejam catarinenses. Mas Bolsonaro é quem manda.
Manda tanto que Amin, até pouco tempo apenas um conservador, que há anos é a voz forte da direita no estado, submeteu-se ao comando de Bolsonaro e virou um político de extrema-direita.
Se for eleito, Carluxo se juntará a Damares, Astronauta, Mourão, Magno Malta, Moro, Cleitinho, Girão e Michelle, que vai se candidatar por Brasília e é considerada eleita.
QUE TIME
A turma escalada pela extrema-direita para integrar a CPI do Crime Organizado:
Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Magno Malta (PL-ES), Marcos do Val (Podemos-ES), Sergio Moro (União Brasil-PR), Eduardo Girão (Novo-CE), Marcos Rogério (PL-RO) e Esperidião Amin (PP-SC).
Flávio Bolsonaro pode ser o presidente da CPI. Marcola, Ronnie Lessa e Fabrício Queiroz devem estar dando gargalhadas.