
A deputada estadual Ana Campagnolo (PL-SC) e o senador Jorge Seif (PL-SC) protagonizaram novo capítulo da crise interna do PL em Santa Catarina. Durante discurso no Senado nesta terça-feira (4), Seif chamou a parlamentar de “traidora”. Nas redes sociais, Campagnolo reagiu de forma provocadora e publicou comentários direcionados ao colega de partido.
Nos comentários em um perfil de jornal catarinense, Campagnolo escreveu: “Eu sempre fui mais macho que esse senador. Ele não gosta de mim há tempos, porque já disse isso na cara dele”. A declaração repercutiu entre integrantes da legenda, ampliando o desgaste político entre os dois. A deputada mantém atuação alinhada a pautas conservadoras no estado.
Ao discursar, Seif afirmou que o pedido de apoio à pré-candidatura de Carlos Bolsonaro ao Senado por Santa Catarina partiu “diretamente do presidente Bolsonaro” e criticou integrantes do partido que estariam, segundo ele, “virando as costas” ao ex-chefe do Executivo. O senador também mencionou que “quem não for leal, que apague as fotos com Bolsonaro das redes sociais”.
Extrema-direita rachando, Senador Jorge Seif queima a deputada estadual Ana Campagnolo: “Ai vem uma deputada estadual que não era nada até ontem, era professora, e tá se achando líder da direita em SC (…) traidor, oportunista”. pic.twitter.com/Qjqlsw0dfk
— GugaNoblat (@GugaNoblat) November 5, 2025
Seif citou Campagnolo de maneira direta ao dizer que “uma deputada estadual que não era nada até ontem, era só professora até ontem e agora se acha líder da direita catarinense e fala mal do filho do presidente”. Em seguida, o parlamentar reforçou acusações de “ingratidão” e “traição” dentro da sigla. O pronunciamento gerou reação imediata nas plataformas digitais.
Campagnolo ironizou a fala do senador ao comentar: “Assistam até o final desse pronunciamento. Ele diz: ‘meu candidato é Carlos, Carol e Amin!’ Ele tem três candidatos pra duas vagas! O cérebro dele derreteu?”. A deputada também disse: “Não tem nenhum macho corajoso o suficiente para dizer o que realmente pensa. Ninguém mais com culhões pra enfrentar os termos do acordo e defender o melhor para o nosso estado”.
A crise ganhou força após Campagnolo afirmar que Carlos “desestabilizou o projeto da direita catarinense”. O grupo ligado à deputada tenta manter independência da direção nacional, enquanto aliados do governador Jorginho Mello e de Seif defendem alinhamento total ao ex-presidente.
Nos bastidores, integrantes avaliam que a troca de ataques dificilmente terá recuo. Seif reiterou lealdade “incondicional” a Bolsonaro, e Campagnolo reforça que o PL catarinense “não deve ser comandado de fora do estado”.