VÍDEO – Ao lado de Eduardo, ditador da Hungria manda recado a Bolsonaro

Atualizado em 7 de novembro de 2025 às 18:46
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) ao lado de Viktor Orbán, primeiro-ministro da Hungria. Foto: Reprodução

De olho em uma possível fuga, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) publicou nesta sexta-feira (7) um vídeo ao lado de Viktor Orbán, em que o primeiro-ministro da Hungria manda um recado para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O líder de extrema-direita é conhecido por seu perfil autoritário e por restringir liberdades civis e de imprensa em seu país. Ele é um dos principais aliados ideológicos de Bolsonaro.

“Mesmo diante de quaisquer problemas e dificuldades em que você esteja, você pode contar conosco, com os húngaros, com a Hungria e com o governo da Hungria também. Então, que Deus o abençoe, presidente”, disse Orbán.

Na gravação, o premiê ainda envia “os melhores cumprimentos” a Bolsonaro em seu nome, de sua família e de toda a Hungria, e afirma que tem acompanhado o que “está acontecendo”. O encontro ocorreu antes da reunião de Orbán com Donald Trump, nos Estados Unidos.

Bolsonaro está em prisão domiciliar desde o início de agosto deste ano, decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após o ex-capitão descumprir uma série de medidas cautelares impostas pelo magistrado.

O vídeo foi publicado por Eduardo com a legenda: “Mesmo em sua atribulada agenda nos EUA, antes de encontrar com o presidente Donald Trump, o primeiro-ministro húngaro ainda mandou este recado a Jair Bolsonaro. Gratidão não prescreve e a recíproca é verdadeira. Obrigado, Premiê, o mundo saberá a verdade.”

A publicação acontece no mesmo dia em que a Primeira Turma do STF formou maioria para manter a condenação de Bolsonaro a 27 anos e três meses de prisão no processo da trama golpista. Até agora, Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Cristiano Zanin votaram pela rejeição dos recursos do ex-presidente, faltando apenas o voto da ministra Cármen Lúcia.

Relação antiga

A afinidade entre a família Bolsonaro e Viktor Orbán não é recente. O líder húngaro já havia se encontrado com Jair Bolsonaro em 2022, quando ambos fizeram discursos com pautas ultraconservadoras e ataques a instituições democráticas.

Em 2023, Orbán chegou a oferecer abrigo a Bolsonaro na embaixada da Hungria em Brasília, quando as investigações da Polícia Federal se intensificaram, o que provocou uma crise diplomática entre os países. O gesto foi visto por autoridades brasileiras como tentativa de obstrução da Justiça.

Orbán é um dos principais expoentes do populismo autoritário na Europa e é frequentemente criticado por organizações internacionais por violações à liberdade de imprensa, ataques ao Judiciário e perseguição a opositores políticos.