
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), tem dito a aliados que foi responsável por “recolocar” Tarcísio de Freitas (Republicanos) no centro da disputa presidencial de 2026, conforme informações da colunista Bela Megale, do Globo.
Segundo ele, a chacina que deixou 121 mortos no Rio — a mais letal da história do país envolvendo forças policiais — devolveu à direita o discurso de enfrentamento ao governo Lula (PT) e fortaleceu a imagem do governador paulista como principal nome do campo conservador.
“Não é por causa do Cláudio, mas a partir da operação feita pelo Cláudio”, tem repetido Castro em conversas reservadas. Ele afirma que Tarcísio é quem “comerá o fruto dessa árvore”, numa referência aos ganhos políticos decorrentes da ação contra o Comando Vermelho.

Apesar da alta letalidade, a operação na zona norte do Rio obteve grande aprovação popular. Castro acredita que o episódio o projetou nacionalmente, ao mesmo tempo em que reforçou a imagem de Tarcísio como símbolo do endurecimento no combate ao crime — um discurso que, na visão de ambos, a direita havia perdido no plano nacional.
O governador fluminense tem dito que vive uma “alta de popularidade” e já soma 2 milhões de seguidores nas redes sociais. Ele compara o momento com o de um “ex-BBB recém-saído do programa”.
Castro também reconhece, no entanto, que o pico de popularidade deve diminuir em breve, mas acredita que a operação o consolidou como um ator político independente da família Bolsonaro.
Tarcísio elogia Castro
Do lado paulista, Tarcísio de Freitas elogiou publicamente a ação policial no Rio. Dois dias após a operação, ele participou por videoconferência de uma reunião com governadores de direita, organizada por Castro, e fez uma postagem nas redes exaltando a iniciativa.
Em entrevista ao Flow Podcast, Tarcísio voltou a elogiar o colega fluminense. “Tive bastante contato com o Cláudio Castro nesse período, até para prestar apoio, prestar solidariedade, porque eu acho que tem que ter muita coragem para fazer esse enfrentamento”, declarou.
Ele descreveu a operação como “bem planejada e executada” e reiterou o apoio político ao governador do Rio.