
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que a COP30 precisa marcar um novo rumo para a ação climática global e reforçou que o mundo já possui conhecimento científico suficiente para agir. Em mensagem divulgada nas redes sociais, Lula destacou que a conferência realizada em Belém não pode ser tratada como um encontro protocolar, mas como um momento de decisões práticas para frear o aquecimento global.
No discurso, Lula afirmou que o planeta precisa de um “mapa do caminho claro” para abandonar a dependência dos combustíveis fósseis. Ele defendeu a diversificação das matrizes energéticas, a ampliação de fontes renováveis e a aceleração da produção de combustíveis sustentáveis. Para isso, apontou três compromissos centrais considerados urgentes para a década.
O primeiro é implementar o acordo firmado em Dubai, que prevê triplicar a capacidade global de energia renovável e dobrar a eficiência energética até 2030. Em seguida, o presidente afirmou que eliminar a pobreza energética deve ser prioridade, incluindo metas de eletrificação limpa nos planos climáticos nacionais. O terceiro ponto é aderir ao Compromisso de Belém para quadruplicar o uso de combustíveis sustentáveis até 2035 e avançar na descarbonização de setores difíceis de reduzir emissões.
Não é à toa que a COP30 aconteça no coração da floresta amazônica. É uma oportunidade para que políticos, diplomatas, cientistas, ativistas e jornalistas conheçam a realidade da Amazônia.
Queremos que o mundo veja a real situação das florestas, da maior bacia hidrográfica do… pic.twitter.com/H0igAko1wb
— Lula (@LulaOficial) November 8, 2025
Lula afirmou que “os cientistas já cumpriram seu papel” e que cabe agora aos negociadores alcançar entendimento. Ele destacou que a COP30 será decisiva para definir se o século XXI será marcado pela catástrofe climática ou por uma reconstrução inteligente, baseada em inovação e cooperação internacional.
O presidente também ressaltou o simbolismo de realizar a conferência no coração da Amazônia. Segundo ele, políticos, diplomatas e ativistas terão a oportunidade de conhecer de perto a realidade da maior floresta tropical do mundo, sua bacia hidrográfica e a vida dos milhões de habitantes da região. Para Lula, sem esse contato direto não haverá decisões efetivas.
Lula criticou a ideia de conferências climáticas que se resumem a discursos ou negociações distantes da realidade. Disse que a COP30 precisa representar ação concreta e que Belém foi escolhida justamente para mostrar ao mundo a urgência de proteger as florestas, os recursos hídricos e os povos amazônicos.