O Ibovespa fechou em alta de 0,77% nesta segunda-feira (10), alcançando 155.257 pontos e superando pela primeira vez a marca dos 155 mil. Durante o pregão, o índice chegou a 155.601 pontos, registrando novo recorde histórico. Já o dólar recuou 0,53%, sendo cotado a R$ 5,30 — a menor cotação desde o final de setembro. O resultado marca a 11ª sessão consecutiva de ganhos para a Bolsa brasileira. Com informações do Uol.
O otimismo veio da expectativa de que a paralisação do governo dos Estados Unidos — a mais longa da história — esteja próxima do fim. O Senado americano aprovou o avanço de um projeto que pode encerrar o “shutdown”, após oito senadores democratas votarem com os republicanos. A proposta garante financiamento para a maioria das agências federais até janeiro, devendo ainda passar pela Câmara e pela sanção do presidente Donald Trump.
O mercado financeiro reagiu positivamente à possibilidade de reabertura do governo americano. O impasse vinha afetando indicadores de inflação e emprego, essenciais para orientar as decisões do Federal Reserve (Fed). Segundo analistas, o fim do bloqueio orçamentário reduz incertezas e renova o apetite por risco em países emergentes, fortalecendo moedas como o real.
Nos Estados Unidos, o S&P 500 e o Nasdaq Composite avançaram 1,61% e 2,27%, respectivamente, impulsionando as demais Bolsas globais. O bom desempenho refletiu também no mercado brasileiro, que manteve o ritmo de valorização observado nas últimas semanas.
No Brasil, a atenção agora se volta para a divulgação da ata do Comitê de Política Monetária (Copom) e para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de outubro. A taxa Selic foi mantida em 15% na última reunião, com o Banco Central indicando estabilidade prolongada. Parte dos investidores, no entanto, espera novos sinais sobre o início do ciclo de cortes de juros.
Especialistas destacam que, enquanto a taxa americana tende a cair, a Selic elevada mantém o real valorizado por meio da estratégia de “carry trade”, que atrai investidores estrangeiros em busca de rendimentos maiores. Mesmo assim, a alta dos juros continua limitando o crescimento da renda variável, favorecendo aplicações mais seguras em renda fixa.