O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta terça-feira (11) as visitas do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) e do senador Magno Malta (PL-ES) ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que cumpre prisão domiciliar em Brasília desde agosto. As visitas foram agendadas para os dias 18 e 21 de novembro, entre 9h e 18h, conforme decisão judicial.
Além deles, Moraes também permitiu a entrada dos deputados Alfredo Gaspar (União-AL) e Marcel Van Hattem (Novo-RS), da influenciadora Bárbara Destefani e do ex-ministro de Minas e Energia Adolfo Sachsida. As visitas seguem as restrições já impostas, como a vistoria obrigatória dos veículos que entrarem e saírem da residência do ex-presidente.
O ministro reafirmou que as condições determinadas em agosto permanecem válidas, incluindo o controle rigoroso de acesso e o limite de uma visita por dia. As medidas, segundo Moraes, buscam garantir o cumprimento integral da prisão domiciliar, decretada no inquérito sobre a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
O advogado João Henrique de Freitas, que atua na defesa e como assessor especial de Bolsonaro, comentou o caso no X (antigo Twitter). Ele afirmou que “o interesse em Jair Bolsonaro não diminuiu em nenhum momento” e disse receber “mais de 10 pedidos de visita por dia”. Segundo Freitas, “o ministro Alexandre autoriza apenas uma visita por dia e já negou ou ignorou vários pedidos”.
A matéria distorce completamente a realidade: o interesse em @jairbolsonaro não diminuiu em nenhum momento. Como seu advogado e Assessor Especial, recebo diariamente mais de 10 pedidos de visita.
Acontece que Em o min. Alexandre autoriza apenas 1 visita por dia e já negou ou… pic.twitter.com/rYshw756m9— João Henrique N de Freitas (@JHNdeF) November 11, 2025
O advogado ainda atacou veículos de imprensa, afirmando que “a narrativa da mídia é desonesta e tenta fabricar um desinteresse que não existe”. Ele declarou que a redução de visitas não é “uma escolha”, mas sim uma “limitação imposta judicialmente”. Antes da prisão domiciliar, segundo Freitas, Bolsonaro recebia “60 a 70 pessoas por dia em seu gabinete, ultrapassando 100 em pelo menos duas ocasiões”.
Os pedidos de autorização para visitas a Bolsonaro vêm diminuindo desde agosto. De acordo com dados do Supremo Tribunal Federal, foram 25 solicitações na primeira semana de prisão e 11 na última, uma queda de 56%. No primeiro mês, houve 123 pedidos; nos 30 dias seguintes, o número caiu para 32.