
A Casa Branca se pronunciou nesta quarta-feira (12) sobre a divulgação de e-mails do bilionário Jeffrey Epstein que mencionam o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre sua rede de exploração e tráfico sexual. Em nota, o governo norte-americano acusou os democratas da Câmara de Representantes de promover uma campanha de difamação por meio de “vazamentos seletivos”.
“Os democratas vazaram seletivamente e-mails para a mídia liberal a fim de criar uma narrativa falsa para difamar o presidente Trump”, afirmou a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, em comunicado enviado ao portal de noticias ‘NBC News’.
O governo Trump também classificou as acusações como “manipuladas” e “politicamente motivadas”, reforçando que não há provas que incriminem o presidente.
Os documentos foram divulgados por parlamentares do Partido Democrata e contêm trocas de mensagens entre Epstein e sua ex-companheira, Ghislaine Maxwell, condenada a 20 anos de prisão por tráfico sexual e participação na rede de exploração mantida pelo financista.
🚨BREAKING: Oversight Dems have received new emails from Jeffrey Epstein’s estate that raise serious questions about Donald Trump and his knowledge of Epstein’s horrific crimes.
Read them for yourself. It’s time to end this cover-up and RELEASE THE FILES. pic.twitter.com/A5XgOHj2Jq
— Oversight Dems (@OversightDems) November 12, 2025
As correspondências também incluem diálogos de Epstein com o escritor Michael Wolff, nos quais Trump é citado de forma direta. Em um e-mail datado de Jeffrey afirma: “Quero que você perceba que o cachorro que não latiu é Trump”. Ele acrescenta que uma das vítimas “passou horas na minha casa com ele… e nunca foi mencionada uma única vez”.
Já em outro, escrito em 2019 e enviado ao autor Michael Wolff, Epstein diz que o presidente “sabia sobre as meninas” e que teria pedido a Maxwell para “parar com isso”. Segundo o bilionário, Trump teria solicitado ainda que ele deixasse um cargo em um clube privado do presidente, o Mar-a-Lago, na Flórida.
Epstein foi detido em julho de 2019 sob acusações de manter uma rede internacional de exploração sexual e de abusar de mais de 250 meninas menores de idade. Um mês depois, foi encontrado morto em sua cela em Nova York, em um episódio que as autoridades classificaram oficialmente como suicídio.