Como a Casa Branca reagiu aos e-mails de Epstein sobre Trump

Atualizado em 12 de novembro de 2025 às 16:33
Jeffrey Epstein e Donald Trump no resorte Mar-a-Lago, em Palm Beach, Flórida, no ano de 1997. Foto: Divulgação

A Casa Branca se pronunciou nesta quarta-feira (12) sobre a divulgação de e-mails do bilionário Jeffrey Epstein que mencionam o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre sua rede de exploração e tráfico sexual. Em nota, o governo norte-americano acusou os democratas da Câmara de Representantes de promover uma campanha de difamação por meio de “vazamentos seletivos”.

“Os democratas vazaram seletivamente e-mails para a mídia liberal a fim de criar uma narrativa falsa para difamar o presidente Trump”, afirmou a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, em comunicado enviado ao portal de noticias ‘NBC News’.

O governo Trump também classificou as acusações como “manipuladas” e “politicamente motivadas”, reforçando que não há provas que incriminem o presidente.

Os documentos foram divulgados por parlamentares do Partido Democrata e contêm trocas de mensagens entre Epstein e sua ex-companheira, Ghislaine Maxwell, condenada a 20 anos de prisão por tráfico sexual e participação na rede de exploração mantida pelo financista.

As correspondências também incluem diálogos de Epstein com o escritor Michael Wolff, nos quais Trump é citado de forma direta. Em um e-mail datado de Jeffrey afirma: “Quero que você perceba que o cachorro que não latiu é Trump”. Ele acrescenta que uma das vítimas “passou horas na minha casa com ele… e nunca foi mencionada uma única vez”.

Já em outro, escrito em 2019 e enviado ao autor Michael Wolff, Epstein diz que o presidente “sabia sobre as meninas” e que teria pedido a Maxwell para “parar com isso”. Segundo o bilionário, Trump teria solicitado ainda que ele deixasse um cargo em um clube privado do presidente, o Mar-a-Lago, na Flórida.

Epstein foi detido em julho de 2019 sob acusações de manter uma rede internacional de exploração sexual e de abusar de mais de 250 meninas menores de idade. Um mês depois, foi encontrado morto em sua cela em Nova York, em um episódio que as autoridades classificaram oficialmente como suicídio.

Guilherme Arandas
Guilherme Arandas, 27 anos, atua como redator no DCM desde 2023. É bacharel em Jornalismo e está cursando pós-graduação em Jornalismo Contemporâneo e Digital. Grande entusiasta de cultura pop, tem uma gata chamada Lilly e frequentemente está estressado pelo Corinthians.