A bolsonarista Sabrina Góis, demitida do Serviço Geológico do Brasil (SGB), estatal vinculada ao Ministério de Minas e Energia, havia assumido a empresa em 15 de outubro. Ela, que já até posou ao lado da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, comemorou a prisão do presidente Lula em 2018.
Sabrina atuou como chefe de gabinete na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, além de assessora parlamentar na Telecomunicações Brasileiras S.A. (Telebrás). No SGB, sua nomeação foi apresentada como parte de uma reorganização institucional.
Ela é formada em Marketing pela Universidade UNICESP e possui pós-graduação em Marketing Político Internacional pela Universidad Nacional de La Plata.
A bolsonarista foi demitida diante da repercussão de posts antigos em suas redes sociais nos quais comemorava a prisão do petista e aparecia em fotos com a ex-primeira-dama. As publicações foram consideradas incompatíveis com o cargo numa estatal federal. A exoneração foi decidida em uma reunião do Conselho de Administração na quinta (12).
As postagens em questão, de 2018, incluíam um comentário de Sabrina dizendo “Dia histórico! Lindo!!! Sonhado!!!” sob uma imagem anunciando a prisão de Lula.
Em nota oficial, o SGB afirmou que as publicações foram feitas “em contexto político anterior ao atual” e “não refletem a conduta institucional” da profissional. O órgão também afirmou que Sabrina foi selecionada por mérito técnico, sem filiação partidária, e criticou o que chamou de ataques motivados por sua condição de mulher em posição de liderança.
Ela havia assumido o SGB após seu companheiro, Carlos Henrique Sobral, ser demitido por usar dinheiro da estatal para que seus filhos ficassem em hotéis de Florianópolis (SC) e Maceió (AL). Notas fiscais do órgão mostram gastos com diárias em suítes executivas, refeições e consumo de itens como camarão flambado e energéticos.