
A corrida de Jair Bolsonaro (PL) para se encontrar “na data mais breve possível” com Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Cláudio Castro (PL-RJ) tem uma explicação, segundo aliados: o temor de que ele seja levado ao regime fechado nos próximos dias. Com informações do Estado de Minas.
Diante da possibilidade concreta de transferência para a Papuda, o ex-presidente quer acertar, ainda em prisão domiciliar, alinhamentos políticos e eleitorais com os dois governadores.
Entre terça-feira (11) e quarta-feira (12), a defesa de Bolsonaro pediu ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorização para que ele receba Tarcísio e Castro o quanto antes.
A pressa ocorre porque o STF concluirá nesta sexta-feira (14) o julgamento do recurso contra sua condenação por tentativa de golpe. Desde 7 de novembro, quando o julgamento foi iniciado, a Primeira Turma já formou unanimidade pela rejeição da contestação apresentada pelo ex-presidente.

Bolsonaro tenta antecipar articulações eleitorais
Bolsonaristas próximos afirmam que Bolsonaro quer deixar encaminhadas, desde já, articulações para 2026 ao lado de Tarcísio. Há aliados que veem, inclusive, a possibilidade de o governador de São Paulo receber, nesse encontro, uma missão clara do ex-capitão: ser o nome apoiado por ele para a disputa do Planalto.
No caso de Cláudio Castro, aliados avaliam que Bolsonaro pretende alinhar detalhes do cenário eleitoral fluminense para 2026.
Castro voltou a ter o nome especulado para o Senado após a megaoperação que deixou 121 mortos no Rio, a mais letal da história do país envolvendo forças policiais. No entanto, há outros postulantes à vaga remanescente da direita, já que a outra cadeira da chapa bolsonarista deve ficar com Flávio Bolsonaro (PL-RJ).
O projeto de lei Antifacção, relatado pelo deputado federal Guilherme Derrite (PP-SP), também deve fazer parte das conversas de Bolsonaro com Tarcísio e Castro.