
Eduardo Bolsonaro (PL-SP), isolado nos Estados Unidos, voltou sua artilharia contra antigos aliados. Nos últimos dias, ele tem sugerido a criação de uma lista de traidores do bolsonarismo, rotulados por ele como “prostitutas”.
A ofensiva ganhou força após críticas de Romeu Zema (Novo), governador de Minas Gerais. A tensão começou quando ele afirmou, em entrevista ao Metrópoles, que Eduardo colocou “interesse pessoal acima do país” ao atuar politicamente nos bastidores dos EUA.
A crítica irritou Eduardo, que se irritou em post no X. “Posso reagir? Ou vão me acusar de dividir a direita? Eu estou aqui na minha, fazendo o que todos que me seguem sabem”, escreveu. Em seguida, insinuou uma perseguição política: “A verdadeira pergunta é: a quem interessa assassinar a minha reputação?”.
O deputado ainda levantou a hipótese de ataques combinados. “Ataques coordenados?”, perguntou, tentando vincular as críticas a uma ação articulada para enfraquecê-lo dentro da própria direita.
Posso reagir? Ou vão me acusar de dividir a direita? Eu estou aqui na minha, fazendo o que todos que me seguem sabem.
Na verdade eu já sei a resposta a este questionamento que fiz.A verdadeira pergunta é: a quem interessa assassinar a minha reputação? Ataques coordenados? pic.twitter.com/gXK47UPfgm
— Eduardo Bolsonaro🇧🇷 (@BolsonaroSP) November 12, 2025
Na manhã seguinte, Eduardo elevou o tom e disse que os traidores devem ser identificados publicamente. “A máquina está trabalhando forte para ludibriar a percepção popular. Aproveite esta oportunidade e anote num caderninho o nome das prostitutas, assim eles não te enganarão de novo”, escreveu, sugerindo que pode divulgar uma lista de nomes.
A máquina está trabalhando forte para ludibriar a percepção popular. Aproveite esta oportunidade e anote num caderninho o nome das prostitutas, assim eles não te enganarão de novo.
— Eduardo Bolsonaro🇧🇷 (@BolsonaroSP) November 13, 2025
Zema declarou que sua articulação golpista nos EUA foi “ruim para a direita”. Segundo o governador, “não podemos colocar o direito pessoal, particular de alguém, acima do interesse da nação”. Ele reforçou que nenhum interesse individual deve “se sobrepor ao interesse de um país”.
Questionado se Eduardo havia cometido algum erro, Zema repetiu que as declarações do deputado deram a entender que ele priorizava questões próprias e familiares. “Me parece que, naquele momento ali, ou ele não se manifestou bem ou fez alguma coisa que deu a entender isso, que uma pessoa é mais importante que um país. E nenhuma pessoa é mais importante que um país. Nem um presidente”, afirmou.