
O jornalista americano Glenn Greenwald divulgou no X parte de uma troca de e-mails envolvendo Jeffrey Epstein, condenado por crimes sexuais, em que o financista afirma ter conversado com o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva graças a uma ligação intermediada por Noam Chomsky.
A revelação circulou de forma acelerada nas redes bolsonaristas, apesar de não ter sido verificada com a família do intelectual antes da publicação. Chomsky é amigo de Greenwald.
A Secretaria de Comunicação da Presidência respondeu de forma direta: a ligação mencionada por Epstein “nunca aconteceu”.
Depois da repercussão, Greenwald publicou uma declaração de Valeria Chomsky, esposa do linguista, que desmonta a versão do financista. Segundo ela, esteve ao lado do marido na visita que ambos fizeram a Lula, em 20 de setembro de 2018, em Curitiba.
Relatou que os dois passaram por revista, deixaram os celulares com a Polícia Federal na entrada e acompanharam toda a conversa entre Chomsky e o então ex-presidente. De acordo com Valeria, qualquer narrativa que envolva telefonema entre Lula e outro interlocutor, com participação de Chomsky, é falsa.

Nos e-mails tornados públicos por democratas no Congresso dos Estados Unidos, Epstein escreveu apenas uma frase, em inglês, sem detalhar assunto ou circunstâncias:
“Chomsky me ligou com Lula. Da prisão. Que mundo.”
Os documentos mostram que Epstein trocou mensagens com figuras variadas, como sua cúmplice Ghislaine Maxwell — que cumpre pena por tráfico sexual — e o escritor Michael Wolff. Em outro trecho, há referência à eleição brasileira de 2018. Um interlocutor não identificado afirma: “Diga a ele que meu cara vai vencer a eleição no primeiro turno.”
Mais adiante, Epstein escreve: “Bolsonara [sic] the real deal”, em alusão a Jair Bolsonaro, então candidato.
Em mensagem enviada em 2018, Epstein diz que Bolsonaro “é pra valer”, ou “é o cara” (“the real deal”). pic.twitter.com/9wyWkgW8hT
— Senhora RIVOTRIL🚩❤️ (@SRivoltril) November 13, 2025