Fictor oficializa a compra do Banco Master por 3 bilhões

Atualizado em 17 de novembro de 2025 às 19:11
interior do Banco Master
Banco Master – Divulgação

A Fictor Holding Financeira confirmou a compra do Banco Master por R$ 3 bilhões, em uma operação que muda o controle da instituição e recoloca o banco no centro do mapa competitivo entre os bancos independentes do país. O anúncio já foi comunicado aos órgãos reguladores e aguarda análise do Banco Central e do Cade.

A transação encerra semanas de especulação e mostra o interesse crescente de grupos privados por instituições com capacidade real de crescimento. Para a Fictor, o negócio marca a entrada definitiva no setor bancário. Para o Master, abre caminho para uma reorganização operacional e financeira que deve fortalecer o banco no médio prazo.

O novo controlador pretende iniciar ajustes logo após o aval regulatório. Estão previstas mudanças na diretoria estatutária e no conselho, com entrada de executivos experientes em grandes instituições. A proposta é refinar os processos de crédito, risco e alocação de capital, aumentando a objetividade das decisões internas e ampliando a previsibilidade operacional.

O aporte de R$ 3 bilhões é um dos pilares da transição. O reforço financeiro permite ao Master reorganizar prazos, melhorar liquidez e ampliar margem para sustentar produtos estruturados e linhas corporativas. Para o mercado, o sinal é claro: o banco passa a operar com mais folga e menor pressão de curto prazo.

Mesmo depois de enfrentar meses de ruído, o Master manteve pagamentos e atendimento em dia. Essa consistência foi lida por investidores como um indicativo de que a instituição preservava fundamentos sólidos. A Fictor enxergou o mesmo movimento: carteira ativa, operação funcional e espaço para escalar resultados fatores que justificam uma transação bilionária.

Na parte tecnológica, a nova controladora planeja integração de sistemas, modernização das plataformas internas e ampliação de automações. Isso deve reduzir gargalos, melhorar análise de dados e acelerar fluxos de aprovação em operações estruturadas e crédito corporativo.

Para clientes, nada muda no curto prazo. Mas a expectativa é de maior estabilidade e melhora gradual na experiência de atendimento conforme a integração avança. A troca de marca para Banco Fictor, prevista para fases posteriores, deve consolidar a nova identidade da instituição.

A compra reforça a tendência de diversificação do sistema financeiro brasileiro, com maior presença de capital privado nacional e estrangeiro disputando espaços antes restritos a conglomerados tradicionais. Caso aprovada, a operação coloca o Master em outro ciclo, com capital reforçado e comando renovado, um movimento que tende a reposicionar o banco na corrida por escala nos próximos anos.