Victor Travancas, assessor da Casa Civil do Estado do Rio de Janeiro, enviou ofício ao governador Cláudio Castro (PL) nesta segunda-feira (17) para solicitar sua exoneração. Com informações da Folha de S.Paulo.
No documento, o servidor cita “profunda inconformidade” com a permanência de André Moura, a quem chamou de criminoso, na Secretaria de Governo. Moura, filiado ao União Brasil, é ex-deputado federal e foi condenado pelo STF em 2021 por crimes contra a administração pública, com extinção da punibilidade declarada em 2023 após homologação parcial de acordo de não persecução penal proposto pela PGR.
No ofício, Travancas afirma que a saída não “nasce do desalento”, mas decorre da continuidade de Moura na pasta. Ele também escreve que, apesar da conclusão do processo no STF, os fatos atribuídos ao ex-parlamentar permaneceram registrados. O assessor ainda menciona publicações de Moura ao lado do ex-deputado TH Joias, investigado por suspeita de envolvimento com o Comando Vermelho.
Travancas declarou que exerceu outras funções no governo Castro e que, em determinado período, foi transferido para o Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro após receber ameaças relacionadas à sua atuação no combate à corrupção. Segundo ele, o afastamento ocorreu depois de conflitos com a gestão ao fechar o local alegando problemas estruturais no início deste ano.
O assessor lembra que foi exonerado em janeiro, após o fechamento do Arquivo Público, e que retornou à administração estadual após convite do próprio governo. Ele afirma que aceitou reassumir o cargo por entender que a recontratação indicava reconhecimento de equívocos anteriores por parte da gestão.
No retorno à estrutura do governo estadual, Travancas passou a atuar na área de relações internacionais. Ele sustenta que, mesmo diante do pedido de exoneração, ainda não foi desligado oficialmente pela gestão de Cláudio Castro.