
O BNDES anunciou nesta terça-feira, 18 de novembro, os 25 filmes contemplados pelo Edital de Cinema 2025. A iniciativa movimenta R$ 15 milhões e prevê repasse de R$ 600 mil para cada longa selecionado. As produções terão de ser exibidas em salas de cinema ou em plataformas de streaming ao longo de 2026.
A lista reúne projetos de todas as regiões do país, incluindo o Acre, e destaca narrativas dirigidas por mulheres e temas ligados à história nacional, meio ambiente e direitos de povos originários. Entre os escolhidos está “Raoni – A Voz da Floresta”, documentário que acompanha o cacique Raoni e conta com participação de artistas reconhecidos mundialmente.
O BNDES afirma que a obra reforça a relevância do Brasil na discussão global sobre urgência climática, pauta central na agenda do banco. Também aparecem projetos que abordam questões como etarismo, democracia e educação, ampliando a diversidade temática da seleção.
O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, afirmou que “são projetos que debatem temas urgentes da sociedade brasileira, promovem a diversidade de narrativas, a descentralização de histórias e a projeção internacional da nossa produção audiovisual”.

Segundo ele, alguns dos filmes já têm espaço garantido em grandes festivais como Sundance, Rotterdam e Berlin, e carregam potencial de circular por outros eventos internacionais. A lista reúne ainda produções com nomes consagrados do cinema brasileiro. Fernanda Montenegro integra o elenco de “Velhos Bandidos”. Carlos Saldanha dirige “100 Dias”.
Também está contemplado “Deus Ainda é Brasileiro”, último longa de Cacá Diegues. A seleção abre espaço para novos talentos e formatos menos comuns no audiovisual nacional, com obras de ficção científica, horror e road movies que tratam de debates sociais e retratam o Brasil contemporâneo com amplitude e profundidade.
O BNDES organizou a seleção em cinco frentes distintas, que vão de projetos com alto potencial comercial a obras já confirmadas em festivais internacionais. A categoria de Animação reúne cinco produções: “Amadeo e o Hipotético Mundo Novo”, da Felistoque (DF); “Malu Tatu”, da Caolha Filmes (GO); “Vanunu e Toto-II – A Revolta das Águas”, da Gioconda Produções (SP); “A Noite de Alaíde”, da Toca Filmes (BA); e “Ana, en Passant”, da Api Produções (MG).
No Documentário, foram escolhidos “Raoni – A Voz da Floresta”, da Grifa (SP); “O Sertão das Nossas Memórias”, da Taiga (RJ); “O Ano em Que o Frevo Não Foi Pra Rua”, da Lira Filmes (SP); “Escanteio”, da Anavilhana (MG); e “Sobre Memória e Esquecimento”, da Muiraquitã (SP).
Entre os títulos já selecionados para festivais, foram contemplados “Yellow Cake”, da TM Produções (AC); “Fiz Um Foguete Imaginando Que Você Vinha”, da Moçambique Audiovisual (CE); “Futuro Futuro”, da Atelier W (RS); “Criadas”, da Gato do Parque (SP); e “Intervenção”, da Primo Filmes (SP).
A linha dedicada à Ficção Destaque de Crítica, voltada para obras com maior projeção em premiações, inclui “Pequenas Criaturas”, da Bananeira Filmes (RJ); “Nova Éden”, da Grafo (PR); “Eclipse”, da Mercúrio Produções (SP); “Escola Sem Muros”, da Gullane (SP); e “Talismã”, da Vulcana Cinema (RS).
Já a categoria de Ficção Grande Público, destinada a projetos com forte potencial de bilheteria, selecionou “100 Dias”, da Querosene Produções (SP); “Velhos Bandidos”, da Conspiração Filmes (RJ); “Viver é Melhor Que Sonhar”, da Urca Filmes (RJ); “Deus Ainda é Brasileiro”, da Filmes do Equador (RJ); e “Um Pai em Apuros”, da Neoplastique (SP).