
Na manhã deste sábado (21), o ex-diretor da ABIN (Agência Brasileira de Inteligência) e deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), foragido após ser condenado por tentativa de golpe de Estado, participou de uma live do canal TIMELINE ao lado do jornalista Allan dos Santos, também foragido da Justiça brasileira. A entrevista ocorreu um dia após a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro por descumprimento das medidas impostas na prisão domiciliar.
Ramagem participou presencialmente do programa e afirmou estar “livre para lutar pelo país”, além de declarar que gostaria que “Bolsonaro também estivesse ali com eles”. Repetiu a narrativa de que não houve tentativa de golpe, alegou que o processo que condenou o ex-presidente seria nulo e criticou a recondução do procurador-geral da República, Paulo Gonet, ocorrida na semana passada.
Segundo ele, Bolsonaro representa uma ideia, e, sob sua ótica jurídica, teria havido “ilicitudes processuais”. Confirmou ainda que está morando em Miami porque as prisões relacionadas ao “núcleo 1 do golpe” aconteceriam na próxima terça-feira (25).
O condenado não perdeu a oportunidade de atacar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) — relator da ação em que foi réu — chamando-o de “violador de direitos humanos, sancionado internacionalmente”. Encerrando a entrevista, alegou que a prisão de Bolsonaro se baseia em uma “manifestação religiosa” convocada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), e defendeu que o ex-presidente deveria receber prisão humanitária por motivos de saúde, negando também a tentativa de violação da tornozeleira eletrônica.