VÍDEO: Trompetista toca marcha fúnebre durante prisão de Bolsonaro

Atualizado em 22 de novembro de 2025 às 16:09
O trompetista Fabiano e Silva Leitão Duarte. Foto: Divulgação

O trompetista Fabiano Silva Leitão Duarte voltou a chamar atenção em Brasília ao aparecer na porta da Superintendência Regional da Polícia Federal, onde tocou “Tá na Hora do Jair Já Ir Embora” no momento em que Jair Bolsonaro chegou ao local após ter sua prisão preventiva decretada. Ele ainda interpretou a “Marcha fúnebre”, que se tornou marca registrada nas apresentações em alusão ao ex-presidente.

A ação ocorreu neste sábado (22), e reuniu apoiadores e críticos do ex-presidente diante do prédio da PF. O músico também executou a marcha fúnebre, retomando uma performance que se tornou recorrente em aparições públicas envolvendo Bolsonaro.

A presença do trompetista segue um padrão. Em julho desse ano, durante a entrevista concedida por Bolsonaro após cumprir a ordem judicial que determinou o uso de tornozeleira eletrônica, Fabiano surgiu novamente tocando a “Marcha Fúnebre”, de Chopin. A cena ocorreu enquanto agentes da Polícia Federal cumpriam mandados autorizados pelo ministro Alexandre de Moraes.

O músico já havia aparecido em outras situações semelhantes. Durante uma entrevista anterior no Senado, por exemplo, também executou temas críticos ao ex-presidente. Além da marcha, costuma tocar “Tá na hora do Jair já ir embora”, música que virou um bordão entre opositores de Bolsonaro.

No segundo dia do julgamento do ex-presidente e de outros réus por tentativa de golpe de Estado, Fabiano marcou presença diante do Supremo Tribunal Federal. Ele tocou uma versão da marcha fúnebre e repetiu o tema que se tornou símbolo das críticas ao ex-chefe do Executivo. O momento viralizou nas redes e ganhou destaque no ambiente político.

A prisão preventiva de Bolsonaro foi decretada pelo ministro Alexandre de Moraes na manhã deste sábado. Na decisão, o magistrado citou a convocação de uma vigília em frente ao Condomínio Solar de Brasília, feita pelo senador Flávio Bolsonaro. O Ministério Público e a PF entenderam que o movimento poderia criar condições para uma tentativa de fuga.

Embora já condenado a 27 anos e 3 meses de prisão por liderar uma tentativa de golpe de Estado, a ordem deste sábado não corresponde ao início do cumprimento da pena em regime fechado. Trata-se de uma prisão preventiva motivada por descumprimento de medida cautelar, conforme registrado na decisão do STF.

Guilherme Arandas
Guilherme Arandas, 27 anos, atua como redator no DCM desde 2023. É bacharel em Jornalismo e está cursando pós-graduação em Jornalismo Contemporâneo e Digital. Grande entusiasta de cultura pop, tem uma gata chamada Lilly e frequentemente está estressado pelo Corinthians.