
A defesa de Jair Bolsonaro apresentou um diploma de soldador profissional para sustentar que o ex-presidente não tentou romper a tornozeleira eletrônica, mas apenas consertá-la. A informação foi divulgada pelo jornalista Flávio Costa, em postagem no X, após obter confirmação da equipe jurídica.
Segundo a defesa, o certificado comprovaria que Bolsonaro tem conhecimento técnico para manipular o equipamento, o que reforçaria a tese de que ele realizou um reparo e não uma violação. A foto do diploma, emitido entre 1996 e 1997, e pareceu ser um desejo do ex-presidente em utilizar os conhecimento adquiridos na formação profissionalizante.
O documento reacende uma curiosidade: Bolsonaro nasceu em 1955 e tinha cerca de 41 a 42 anos quando concluiu o curso. Já era deputado federal, tinha deixado o Exército e estava financeiramente estabilizado. O motivo que o levou à formação em soldagem ainda não foi detalhado publicamente. Sabe-se que o capitão reformado do Exército sempre demonstrou gosto por atividades manuais e pelo universo náutico, o que poderia explicar a busca por habilidades para pequenos reparos em embarcações ou equipamentos caseiros comuns à sua geração.
A informação sobre o diploma surge após a tornozeleira emitir um alerta de dano na madrugada de sábado (22), acionando equipes da Secretaria de Administração Penitenciária. O relatório dos agentes apontou queimaduras no local onde ficam os sensores de integridade do equipamento.
Durante a vistoria, Bolsonaro admitiu ter usado um ferro de solda na tornozeleira. O relatório foi enviado ao ministro Alexandre de Moraes, que determinou a prisão preventiva do ex-presidente na mesma madrugada.
Mesmo com o registro da ocorrência, a defesa afirma que o episódio não configuraria tentativa de fuga. Para os advogados, o monitoramento permanente da casa de Bolsonaro impediria qualquer movimentação sem controle policial.
Os agentes substituíram o equipamento, no início da madrugada, depois de confirmarem o superaquecimento. A área danificada era justamente a que abriga os sensores responsáveis pela localização e integridade do dispositivo.
A perícia do Instituto Nacional de Criminalística deve confirmar a forma como o dano ocorreu. O resultado será incorporado ao processo que acompanha o cumprimento das medidas impostas ao ex-presidente.
Veja o post:
A defesa de Bolsonaro afirma que ele não tentou romper a tornozeleira, mas apenas consertá-la. Para reforçar o argumento, apresentou o diploma de soldador profissional, sustentando que ele tinha plena capacidade técnica para fazer o reparo. pic.twitter.com/iMc4nIAPs9
— Flávio Costa (@flaviocostaf) November 23, 2025