PF abre nova investigação sobre o Banco Master após alerta do Banco Central

Atualizado em 23 de novembro de 2025 às 17:16
Fachada do Banco Master

A Polícia Federal abriu uma nova frente de apuração sobre o Banco Master, além da investigação já conhecida das fraudes na venda de créditos ao Banco de Brasília. A informação foi divulgada por Lauro Jardim e indica que o banco entrou no foco das autoridades em mais de um procedimento. O novo caso é apresentado como mais grave do que o esquema envolvendo o BRB.

Segundo o colunista, essa segunda apuração também começou a partir de uma investigação preliminar do Banco Central. Foi o BC que identificou movimentações e estruturas suspeitas dentro da instituição e encaminhou relatórios que motivaram a ampliação do trabalho da PF. Esses documentos detalham pontos que levantaram dúvidas sobre operações internas e possíveis irregularidades.

A investigação sobre o BRB já havia colocado o Master em uma posição delicada, envolvendo suspeitas na venda de créditos e operações financeiras com estruturas consideradas atípicas. Agora, com uma segunda frente aberta, o banco enfrenta um cenário de escrutínio reforçado por órgãos de controle e investigação.

A PF, a partir dos dados enviados pelo Banco Central, trabalha para rastrear fluxos financeiros, contratos e mecanismos operacionais que possam estar associados às suspeitas. O material levantado pelo BC é descrito como consistente o suficiente para desencadear essa nova etapa.

O caso mais recente permanece sob sigilo, e não há detalhamento público sobre a natureza específica das operações investigadas. O que se sabe é que envolve um conjunto de práticas consideradas mais sérias do que as já apuradas no episódio do BRB, conforme relatado por Lauro Jardim.

Fachada do Banco Master

A abertura dessa nova linha de apuração intensifica o debate sobre os controles internos do Master e o nível de exposição do banco a práticas irregulares. Com duas investigações em andamento, o ambiente regulatório e político ao redor da instituição se torna mais sensível.

O mercado financeiro acompanha o avanço das investigações, principalmente pelas implicações que podem surgir para atores públicos e privados que mantêm relação com o Master. A coluna também lembra, em destaque paralelo, a consultoria prestada por Guido Mantega ao banco, tema que nos últimos meses ganhou repercussão política.

As apurações seguem em andamento, com a expectativa de que novos desdobramentos ocorram à medida que a Polícia Federal aprofunde o material recebido do Banco Central. Lauro Jardim segue trazendo atualizações em sua coluna no O Globo.