
O ex-presidente Jair Bolsonaro, acumula três fontes de renda enquanto cumpre sua pena de 27 anos e 3 meses em regime fechado. O ex-mandatário recebe, atualmente, um total de R$ 88,3 mil por mês, o que inclui o salário como capitão reformado do Exército, aposentadoria como ex-deputado federal e uma remuneração do Partido Liberal (PL), legenda da qual é presidente de honra. Com informações do Metrópoles.
A acumulação dessas verbas ocorre mesmo com Bolsonaro sendo preso e em situação de prisão domiciliar. O salário como capitão reformado é de R$ 12.861,61, valor que é pago pelo Exército Brasileiro. Além disso, o ex-presidente recebe R$ 41.563,98 mensais, referentes à sua aposentadoria como ex-deputado federal, valor que integra a folha de pagamento dos parlamentares aposentados.
Por fim, Bolsonaro tem direito a um pagamento de R$ 33.873,67, repassado pelo PL, partido comandado por Valdemar da Costa Neto. Este último valor está vinculado ao cargo de presidente de honra da legenda, e o partido ainda não se manifestou sobre a continuidade dos pagamentos enquanto o ex-presidente se encontra preso.
Desde que deixou o Palácio do Planalto, Bolsonaro já acumulou uma quantia significativa em aposentadorias e salários. Em termos de aposentadoria, o ex-presidente recebeu aproximadamente R$ 424 mil como capitão reformado e R$ 1,28 milhão como deputado federal.
Já o salário como presidente de honra do PL somou cerca de R$ 1,24 milhão desde que Bolsonaro deixou o cargo de presidente da República. Esses valores fazem parte do total de R$ 7,67 milhões que o ex-presidente já custou aos cofres públicos desde 2023.
Entre os custos relacionados ao ex-presidente, além dos salários e aposentadorias, estão os gastos com sua equipe pessoal de apoio. Segundo a legislação brasileira, ex-presidentes têm direito a contratar até oito funcionários, incluindo segurança e assessoria.

A manutenção dos veículos oficiais também fica sob responsabilidade do governo, com custos como combustível e lubrificantes sendo bancados pelos cofres públicos. Em 2025, esses gastos somaram R$ 994,5 mil até o mês de novembro, um valor menor do que o registrado nos dois anos anteriores, quando os custos chegaram a R$ 1,79 milhão em 2024 e R$ 1,95 milhão em 2023.
Entre as despesas com a equipe de apoio de Bolsonaro, destacam-se os custos com diárias no país e no exterior, passagens aéreas, além da manutenção dos veículos oficiais. Em 2023, por exemplo, o ex-presidente teve gastos com diárias no exterior que totalizaram R$ 648.894,86, enquanto em 2025 esse valor foi de R$ 64.439,80.
No total, as despesas com a equipe pessoal de Bolsonaro entre 2023 e 2025 somaram R$ 4,71 milhões. Os custos com a segurança também são uma preocupação.
Bolsonaro tem direito a escolta e outros serviços de segurança pagos pelo governo, o que inclui passagens aéreas para ele e sua equipe, além de gratificações pela função de ex-presidente. Em 2023, essas despesas foram de R$ 789.490,68, e em 2024, de R$ 742.887,66.
Embora esses valores tenham diminuído em 2025, ainda representam uma parte significativa dos gastos públicos relacionados ao ex-presidente.
Esses gastos com a equipe pessoal de Bolsonaro e com sua segurança demonstram o alto custo para o governo brasileiro, que continua a arcar com os encargos relacionados à manutenção de ex-presidentes, mesmo quando estes estão presos ou enfrentando processos judiciais.