O banqueiro Daniel Vorcaro, preso pela Polícia Federal na última semana, é proprietário de uma mansão avaliada em US$ 85 milhões, cerca de meio bilhão de reais, no condomínio Bay Point, em Miami. O imóvel tem 1.905 metros quadrados, 11 quartos, 12 banheiros, quatro lavabos, piscina, dois píeres e 120 metros de frente para o mar. O g1 informou que Vorcaro também possui outra casa de luxo na mesma rua. Com informações do G1.
O site The Real Deal publicou que a mansão foi construída em 2008 e ampliada em 2017. O Banco Master, controlado por Vorcaro, alugou 26 mil metros quadrados no edifício 830 Brickell, em Miami, por US$ 190 por metro quadrado, valor apontado como recorde no estado da Flórida.
A Polícia Federal investiga suspeitas de que o Banco Master tenha emitido e negociado títulos de crédito falsos. De acordo com a corporação, a instituição oferecia Certificados de Depósito Bancário com remunerações muito acima da taxa básica e sem lastro real. Os documentos apreendidos na operação tratam de possíveis crimes de gestão fraudulenta e falsidade documental.
Após a operação da PF, o Banco Central decretou a liquidação extrajudicial do Banco Master e determinou a indisponibilidade dos bens dos controladores e de ex-administradores. A prisão de Vorcaro ocorreu um dia após o anúncio de venda da instituição por um consórcio liderado pela Fictor Holding Financeira. A defesa do empresário declarou que “nega veementemente que ele estivesse fugindo do país”.
Vorcaro também possui uma frota de aeronaves particulares registradas em nome da Viking Participações LTDA, holding sediada em Belo Horizonte. Entre os modelos estão um Gulfstream GV, um Falcon 7X e um Falcon 2000. As aeronaves têm autonomia para voos internacionais e compõem o patrimônio investigado pelas autoridades.
Além dos imóveis e aeronaves, Vorcaro investiu em eventos de grande porte, como a festa de 15 anos da filha em 2023, realizada em Nova Lima. O evento teve apresentações de artistas conhecidos e estrutura de alto padrão. O banqueiro também detém 20,2 por cento da SAF do Atlético-MG, participação adquirida por meio do Galo Forte FIP, cuja origem dos recursos segue sob investigação.
