
O suspeito de abrir fogo contra dois soldados da Guarda Nacional dos Estados Unidos perto da Casa Branca foi identificado como Rahmanullah Lakanwal, um afegão de 29 anos. Ele trabalhou para o Exército americano e para a CIA em Kandahar antes de chegar ao país em 2021, segundo o Departamento de Segurança Interna.
As autoridades apontam que ele agiu sozinho no ataque ocorrido em Washington. O diretor da CIA, John Ratcliffe, afirmou que Lakanwal integrou uma força parceira da agência no período anterior à retirada das tropas do Afeganistão.
Segundo Ratcliffe, essa relação terminou logo após a evacuação militar em 2021. Documentos da imprensa americana indicam que o afegão solicitou asilo em 2024 e teve o pedido aceito em abril de 2025 pelo governo do presidente Donald Trump.
Trump confirmou que Lakanwal desembarcou no país pouco depois da saída das tropas americanas do Afeganistão. Ele classificou o ataque como um ato de terrorismo cometido por “um estrangeiro” e disse que seu governo irá revisar a entrada de afegãos que chegaram aos EUA durante a gestão Biden. Em sua rede social, a Truth Social, chamou o suspeito de “animal” e afirmou que ele “pagará caro”.

As motivações do atirador ainda não foram esclarecidas. A prefeita de Washington, Muriel Bowser, descreveu o episódio como um ataque direcionado. Já o diretor do FBI, Kash Patel, informou que os dois soldados baleados continuam em estado crítico, corrigindo relatos iniciais que apontavam a morte das vítimas.
A polícia afirmou que o ataque ocorreu na estação Farragut West, a poucas quadras da Casa Branca, em uma área movimentada. Segundo o chefe adjunto Jeffrey Carroll, o suspeito emboscou os militares, levantando a arma e disparando. Ele foi detido rapidamente por outros membros da Guarda Nacional e por agentes de segurança que estavam próximos.
Testemunhas relataram pânico e correria após os tiros. Ruas foram bloqueadas e dezenas de viaturas isolaram o local. Uma motorista que passava pela região disse ter visto membros da Guarda Nacional correndo em direção ao metrô logo após os disparos. O suspeito e as vítimas foram socorridos por equipes de emergência.
O caso ocorre no momento em que o governo Trump intensifica o envio de tropas da Guarda Nacional para cidades administradas por democratas. A justificativa oficial é reforçar o combate ao crime e apoiar ações do ICE, agência responsável pela fiscalização migratória.