O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) usou as redes sociais nesta sexta-feira (28) para comentar sua declaração sobre a possibilidade de apoiar o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), como candidato à Presidência da República em 2026.
Em uma publicação no X, Eduardo afirmou que “sempre disse que onde o PT estiver”, ele estará “do outro lado”: “Se for o Macaco Tião contra Lula eu prefiro o Macaco Tião”, escreveu.
Na sequência, o “Bananinha” alfinetou Tarcísio, sugeriu oportunismo do governador paulista e disse que ele “é o candidato que o sistema quer”.
“Tarcísio é o candidato que o sistema quer e eu sempre serei claro e verdadeiro com meus eleitores e apoiadores. Uma pessoa de princípios, ao ver que se mantém em cárcere privado um sujeito apenas para beneficiá-lo numa eleição, deveria ser a primeira a recusar a candidatura — a qualquer cargo. O apego ao cargo detona o político. Eu não compactuo com quem prende idosos e pessoas inocentes”, disse.
Sempre disse que onde o PT estiver eu estarei do outro lado, que se for o Macaco Tião contra Lula eu prefiro o Macaco Tião – cito a eleição do Rio em 1988.
Mas não conte comigo para esconder a pretensão de quem tiraria proveito da tortura feita contra meu pai, ou qualquer… pic.twitter.com/cWPaL0LVwF
— Eduardo Bolsonaro🇧🇷 (@BolsonaroSP) November 28, 2025
Em entrevista ao UOL, apesar de falar sobre a possibilidade de voto em Tarcísio, o deputado disse que o governador de São Paulo “não é de direita” e que ele tenta “navegar por mares calmos”: “Eu só me reservo ao direito de não enganar o meu eleitor, porque existe uma relação de confiança”, afirmou.
Ao longo do ano, o “Bananinha” fez críticas recorrentes à eventual candidatura de Tarcísio, dizendo que ele seria “o candidato do sistema” e que sua eleição dependeria diretamente de Jair Bolsonaro (PL). Mesmo agora, ao admitir o possível apoio, o parlamentar voltou a questionar o alinhamento ideológico do governador.
“Agora, não venham querer pintar o Tarcísio como uma pessoa de direita, porque ele não é. O Tarcísio é um tecnocrata de centro que, no cenário político, acha que ainda há margem para o diálogo com o [ministro do STF Alexandre de] Moraes”, disse.