Ministros do Supremo Tribunal Federal passaram a atuar nos bastidores para ajudar o advogado-geral da União, Jorge Messias, a garantir os votos necessários no Senado para sua indicação à Corte. A sabatina está marcada para 10 de dezembro. Com informações de Andréia Sadi, do g1.
A avaliação interna no STF é que a dificuldade enfrentada pelo indicado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não se deve a aspectos técnicos, mas a uma demanda política do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP).
De acordo com o veículo, Alcolumbre desejava que Lula indicasse seu aliado Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para a vaga. Dentro do Supremo, também havia preferência pelo nome de Pacheco, mas prevalece o entendimento de que a indicação é prerrogativa exclusiva do presidente da República. Com a escolha consolidada em Messias, ministros consideram que “a página deve ser virada”.
O histórico pesa. No governo Jair Bolsonaro (PL), Alcolumbre segurou por meses a votação da indicação de André Mendonça ao STF, que só foi aprovada depois de intensa pressão pública e política. Agora, porém, o cenário é diferente: a possibilidade de rejeição de Messias é tratada como real entre ministros e senadores.
O próprio Jorge Messias admitiu, na terça-feira (26), que a articulação tem sido difícil. Segundo ele, a busca por apoios “não está fácil”, reforçando o clima de insegurança a menos de duas semanas da sabatina.