O que se sabe sobre mulher que foi atropelada e arrastada por 1 km em SP

Atualizado em 1 de dezembro de 2025 às 14:34
Taynara Souza Santos (31). Foto: Reprodução

Uma mulher de 31 anos ficou gravemente ferida após ser atropelada e arrastada por mais de 1 km na Zona Norte de São Paulo, no sábado. A vítima, Taynara Souza Santos, passou por cirurgias emergenciais e teve as pernas amputadas devido à gravidade das lesões. O agressor, Douglas Alves da Silva, de 26 anos, foi preso no domingo (30) depois de trocar tiros com a polícia.

Segundo a Polícia Civil, Taynara havia deixado um bar no Parque Novo Mundo por volta das 6h quando foi atingida pelo carro dirigido por Douglas. Testemunhas afirmaram que o atropelamento foi intencional e motivado por ciúmes.

Elas relataram que, após uma discussão no bar, o suspeito acelerou o veículo contra a vítima e, ao atingi-la, puxou o freio de mão para aumentar o atrito do carro contra o corpo dela. Imagens entregues à polícia mostram a vítima presa sob o carro enquanto era arrastada ao longo da Avenida Morvan Dias de Figueiredo até a altura da Marginal Tietê.

Uma amiga contou que havia se afastado por alguns minutos e só soube do ocorrido quando foi avisada por volta das 6h30. A Polícia Civil investiga a natureza da relação entre Taynara e Douglas, já que familiares afirmam que eles não tinham um relacionamento estável.

A vítima, mãe de duas crianças, permanece internada no Hospital Municipal Vereador José Storopolli, na Vila Maria. Até o momento, não há um novo boletim oficial sobre seu estado de saúde. As cirurgias realizadas buscaram conter danos severos provocados pelo atropelamento e pelo arrastamento prolongado.

Douglas foi localizado em um hotel na Vila Prudente na noite de domingo. De acordo com a SSP, ele tentou resistir à prisão e trocou tiros com os policiais, sendo atingido no braço. Após atendimento médico, deve ser encaminhado ao 13º Distrito Policial, na Casa Verde, onde o caso está sendo centralizado.

A Polícia Civil trata o caso como tentativa de feminicídio, classificando o crime como motivado por gênero e extrema crueldade. Para os investigadores, a dinâmica narrada pelas testemunhas e as imagens registradas reforçam a intenção deliberada do agressor.

As autoridades informaram que mais detalhes só serão divulgados após a conclusão dos procedimentos de polícia judiciária. O inquérito segue colhendo depoimentos e analisando registros que mostram tanto o atropelamento quanto o percurso do carro com a vítima presa sob o veículo.

Caique Lima
Caique Lima, 27. Jornalista do DCM desde 2019 e amante de futebol.