BC Protege+: conheça a ferramenta que impede abertura de contas sem autorização

Atualizado em 1 de dezembro de 2025 às 18:54
A ferramenta BC Protege+, desenvolvida pelo Banco Central. Divulgação

O Banco Central colocou em operação o BC Protege+, ferramenta que permite ao cidadão bloquear a abertura de contas em seu nome por qualquer instituição financeira. O recurso entrou no ar nesta segunda-feira (1º) e pode ser acessado diretamente pelo site do Banco Central, mediante login no sistema gov.br. Após a ativação, o bloqueio impede que bancos abram contas sem autorização do titular.

Para ativar a função, o usuário precisa acessar o portal do Banco Central, entrar no espaço “Meu BC”, inserir o login do gov.br e habilitar o BC Protege+. Depois disso, todas as instituições financeiras recebem, de forma automática, a comunicação de que o CPF está protegido contra abertura de novas contas. O serviço foi desenvolvido para combater fraudes realizadas com documentos falsificados.

O bloqueio vale para contas-correntes e contas-poupança. A única exceção é a conta-salário, criada exclusivamente para recebimento de pagamento de trabalhadores e cuja abertura pode ser feita de forma automática pela instituição financeira contratada pelo empregador. O serviço é gratuito e pode ser desativado pelo próprio usuário, caso ele deseje abrir uma nova conta no futuro.

Cartões. Foto: SKfoto/Adobe Stock

Segundo o Banco Central, a ferramenta também funciona como barreira contra a inclusão fraudulenta de pessoas como titulares de contas abertas por terceiros. A diretora de Cidadania e Supervisão de Conduta do BC, Izabela Correa, afirmou que a iniciativa fortalece a segurança do sistema ao impedir manipulações indevidas de dados de clientes.

Até as 15h desta segunda-feira (1º), cerca de 7.800 pessoas tinham ativado o BC Protege+. O sistema começou a operar às 10h e registrou adesão constante ao longo do dia, segundo dados divulgados pela instituição. A expectativa é que o mecanismo reduza tentativas de abertura de contas fraudulentas no país.

A nova ferramenta passa a integrar o conjunto de ações do Banco Central voltadas ao reforço da segurança digital. O órgão afirma que continuará ampliando medidas de proteção ligadas ao uso de dados pessoais e à prevenção de delitos financeiros, especialmente aqueles ligados a fraudes de identidade.