Apreensão do celular de Vorcaro leva pânico a Brasília

Atualizado em 2 de dezembro de 2025 às 8:14
Daniel Vorcaro

O meio político, financeiro e jurídico de Brasília está dando cambalhotas desde que a Polícia Federal apreendeu o celular de Daniel Vorcaro, dono do Banco Master, preso acusado de liderar um esquema bilionário de fraude. O aparelho, agora em posse das autoridades, é visto como uma potencial “bomba” capaz de expor uma teia de relações políticas, trocas de favores e articulações de bastidores que podem envolver figuras poderosas no país.

O impacto da investigação pode ser muito maior do que a fraude financeira em si, já que o lobby e as articulações que cercam o caso são agora o centro da atenção.

A apreensão do celular de Vorcaro não se limita a um simples acesso a registros financeiros e trocas comerciais. A expectativa é de que o dispositivo revele uma rede de influências envolvendo parlamentares.

A investigação do Banco Master já revelou suspeitas de que membros do Congresso Nacional possam estar envolvidos, o que levou o inquérito a ser encaminhado à Procuradoria-Geral da República. A partir de agora, todas as diligências precisam ser aprovadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o que aumenta ainda mais a tensão no cenário político.

O depoimento do ex-presidente do Banco de Brasília (BRB), Paulo Henrique Costa, que estava marcado para o dia 1º de dezembro, promete novos desdobramentos importantes. Costa, que era um dos responsáveis pelas operações envolvendo a compra de carteiras de crédito falsas do Banco Master, poderia trazer à tona detalhes cruciais sobre o esquema.

No entanto, o depoimento foi adiado sem mais explicações. A apreensão do celular de Daniel Vorcaro pode ser a chave para revelar a profundidade desse jogo de influências.

Davi Nogueira
Davi tem 25 anos, é editor e repórter do DCM, pesquisador do Datafolha e bacharel em sociologia pela FESPSP, além de guitarrista nas horas vagas.