
Durante um evento na refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, o presidente Lula se emocionou ao comentar os casos de feminicídio no Brasil e questionar o Código Penal diante da violência contra as mulheres. O petista , visivelmente tocado, expressou sua indignação ao citar as atrocidades cometidas por agressores.
“O que está acontecendo na cabeça desse animal que é tido como a espécie mais inteligente do planeta Terra para tanta violência?”, questionou. Lula compartilhou também que a primeira-dama, Janja da Silva, chorou ao saber dos casos de violência, e que ela lhe pediu que assumisse a responsabilidade de liderar uma luta mais dura contra os feminicídios.
“E hoje no avião ela pediu para mim: ‘Lula, assuma a responsabilidade de uma luta mais dura contra a violência do homem contra a mulher'”, contou o presidente, apontando o apoio da esposa. Veja:
Em outubro de 2023, o presidente sancionou uma lei que aumenta a pena por feminicídio para até 40 anos, uma medida que visa aumentar a punição aos agressores. Antes, as penas variavam de 12 a 30 anos, dependendo das circunstâncias do crime.
A nova legislação também impede que os autores de feminicídios exerçam cargos públicos, buscando uma resposta mais eficaz à violência de gênero.
O Brasil registra mais de mil feminicídios por ano, com mais de 1.200 casos em 2024, segundo dados do Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp). O presidente, durante seu discurso, citou casos recentes de violência extrema contra mulheres, como um homem que atirou contra a esposa, outro que matou uma mulher grávida e ateou fogo em sua casa, e um terceiro que atropelou e arrastou uma mulher por 1 km, deixando-a com as pernas amputadas.
Lula questionou a eficácia das penas do Código Penal brasileiro diante da brutalidade desses crimes. “O Código Penal tem pena para fazer justiça a um animal irracional como esse?”, indagou, enfatizando que, para ele, até a pena de morte seria “suave” diante da gravidade de tais atos.