
A artista plástica Ana Lúcia Canetti registrou uma notificação extrajudicial contra a organização da 14ª Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo após ter uma obra roubada no encerramento do evento, em (19).Com informações do PlatôBR.
A peça furtada, intitulada “Semear cinzas”, foi produzida no ano passado com cinzas vegetais do Cerrado e integrava a mostra. Canetti cobra explicações e pede ressarcimento pelo desaparecimento da obra.
A composição roubada era formada por três urnas cerâmicas desenvolvidas com diferentes técnicas e preenchidas com cinzas coletadas pela artista durante quatro anos de pesquisa na região de Brasília.

As peças funcionavam como urnas funerárias e integravam um conjunto de 20 trabalhos que compõem a tese de doutorado de Canetti na UnB, cuja apresentação está prevista para a próxima segunda-feira (8). A artista afirmou que as urnas eram a etapa final da pesquisa intitulada “Poéticas em terras queimadas”.
A curadoria da Bienal informou à artista que o seguro contratado não cobre o furto e que o local onde a obra estava exposta não possuía câmeras de vigilância. Sem considerar o impacto artístico e acadêmico, as três peças foram avaliadas em R$ 6 mil, valor que Canetti espera receber como ressarcimento. A edição deste ano da Bienal teve como tema “Extremos: arquiteturas para um mundo quente”.