A decisão de Caiado sobre 2026 após o anúncio da candidatura de Flávio Bolsonaro

Atualizado em 5 de dezembro de 2025 às 23:01
Governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UNIÃO). Foto: Divulgação

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, afirmou nesta sexta-feira (5) “respeitar” a decisão do ex-presidente Jair Bolsonaro, que escolheu o senador Flávio Bolsonaro para representá-lo na disputa presidencial de 2026. Caiado informou que segue como pré-candidato e reiterou que buscava apoio do ex-mandatário para viabilizar seu projeto nacional. O comunicado foi divulgado horas após o anúncio da escolha pelo filho mais velho de Bolsonaro.

Em nota, Caiado declarou: “É uma decisão do ex-presidente Jair Bolsonaro, juntamente com sua família, e cabe a todos nós respeitá-la. Ele tem o direito de buscar viabilizar a candidatura do senador Flávio Bolsonaro. Da minha parte, sigo pré-candidato a presidente e estou convicto de que no próximo ano vamos tirar o PT do poder e devolver o Brasil aos brasileiros”. O posicionamento ocorre no momento em que dirigentes do União Brasil demonstram divergências sobre a disputa.

Mais cedo, o presidente do União Brasil, Antonio Rueda, comentou publicamente a decisão e reclamou da “polarização em 2026”. A sigla negocia formação de federação com o PP e mantém diálogo com PSD e Republicanos. Esses partidos articulavam uma candidatura de direita alternativa para a eleição presidencial e não demonstraram alinhamento imediato ao nome de Flávio.

Dirigentes dessas legendas disseram que não há expectativa de apoio ao senador do PL, devido à rejeição associada ao sobrenome Bolsonaro. Para esses grupos, o cenário reduz a possibilidade de união em torno do filho do ex-presidente. Também mencionaram que Flávio não registra desempenho equivalente ao do governador Tarcísio de Freitas nas pesquisas de intenção de voto.

Caiado vinha buscando apoio de Bolsonaro para consolidar sua pré-candidatura, enquanto setores do centrão avaliavam possíveis alianças para 2026. O anúncio do PL, no entanto, alterou as discussões entre os partidos que negociavam composição conjunta para a disputa presidencial. A iniciativa foi interpretada como gesto que reorganiza as conversas dentro do grupo.

Após o anúncio, dirigentes do centro passaram a considerar a possibilidade de neutralidade no primeiro turno. O movimento envolve União Brasil, PP, Republicanos e PSD, que buscam preservar alianças regionais para 2026. As conversas prosseguem enquanto cada sigla avalia o impacto eleitoral da indicação de Flávio Bolsonaro e o posicionamento de suas bancadas.