
A atuação dos ministros Kassio Nunes Marques e André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), tem sido decisiva para reduzir a resistência de senadores bolsonaristas à indicação de Jorge Messias ao Supremo, conforme informações do colunista Paulo Cappelli, do Metrópoles.
Os ministros, escolhidos por Jair Bolsonaro (PL), abriram portas na oposição e ajudaram o indicado do presidente Lula (PT) a conquistar votos que podem ser essenciais na aprovação pelo Senado.
Graças às conversas conduzidas por Kassio e Mendonça, gabinetes de parlamentares contrários ao governo — inclusive alguns do PL — passaram a receber Messias.
Após esses encontros, alguns senadores chegaram a confidenciar que votarão a favor do advogado-geral da União, embora não admitam isso publicamente. Como a votação para o STF é secreta, apoios inesperados e “traições” podem ocorrer.

Trâmite no Senado e necessidade de votos
Para garantir a vaga na Corte, Messias precisa de 41 votos entre os 81 senadores. A data da votação ainda não foi definida.
O líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AP), afirmou que a sabatina ficará para 2026: “A data de sabatina e de votação, pelo prazo exíguo que temos, torna inviável que tenhamos ainda este ano. É um tema que vamos tratar no ano que vem”.
O adiamento ocorreu após o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil), cancelar a data prevista para a sabatina. A suspensão foi motivada pelo fato de o Planalto não ter enviado a comunicação formal da indicação — documento obrigatório para que o nome seja analisado.
A indefinição sobre o calendário amplia o prazo para que Messias busque mais apoio entre senadores.