
O governo dos Estados Unidos assinou um acordo de cooperação com o Paraguai que prevê a atuação de militares americanos e de funcionários civis do Departamento de Guerra no país sul-americano. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (15) pela Secretaria de Estado dos EUA.
Segundo comunicado oficial, o secretário de Estado Marco Rubio se reuniu com o ministro das Relações Exteriores do Paraguai, Rubén Ramírez Lezcano, para formalizar a assinatura de um Acordo de Estatuto de Forças entre os dois países. O documento estabelece as bases legais para a atuação de forças estrangeiras em território paraguaio.
De acordo com o governo norte-americano, o acordo define direitos, responsabilidades e o status legal de militares e civis dos EUA no Paraguai. O texto não prevê, necessariamente, a criação de bases militares nem a presença permanente das tropas, mas autoriza operações conjuntas e cooperação em áreas específicas.
Em nota, a Secretaria de Estado afirmou que o acordo “estabelece uma estrutura clara para a presença e as atividades de militares e civis do Departamento de Guerra dos EUA no Paraguai”, com foco em treinamento bilateral e multinacional, assistência humanitária, resposta a desastres e outros interesses de segurança compartilhados.
Today Foreign Minister Ramirez and I marked a new era in the U.S.-Paraguay relationship with the signing of a Status of Forces Agreement. By establishing a framework for the activities of U.S. military and @DeptofWar civilian personnel in Paraguay, this agreement opens new doors… pic.twitter.com/jVG06HpXNe
— Secretary Marco Rubio (@SecRubio) December 15, 2025
A assinatura ocorre em meio à nova estratégia de política externa dos Estados Unidos, divulgada no início de dezembro. O documento define a América Latina como área prioritária de interesse estratégico, em linha com princípios associados à Doutrina Monroe, que historicamente trata a região como esfera de influência norte-americana.
Chamado de Estratégia de Segurança Nacional, o texto do segundo mandato de Donald Trump prevê o reforço da presença militar no continente, com maior atuação naval, controle de rotas estratégicas, combate ao tráfico e ampliação do acesso a locais considerados sensíveis para os interesses dos Estados Unidos.