O governo do presidente Lula (PT) avalia a criação de um Ministério da Segurança Pública em 2026. A eventual nova pasta é vista como uma forma de cumprir uma promessa de campanha de 2022 e responder a uma das áreas em que a gestão petista enfrenta pior avaliação junto à população. Com informações do Globo.
Há divergências entre auxiliares de Lula sobre o momento da decisão. Parte do primeiro escalão afirma que o presidente já decidiu pela criação do ministério, enquanto outro grupo diz que ainda não houve uma definição formal.
Entre as ponderações contrárias, está o argumento de que a nova estrutura teria pouco tempo para apresentar resultados concretos até a eleição de outubro e aumentaria a cobrança direta sobre o governo pelos problemas da área.
Mudança de posição na articulação
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, que coordena ações entre as pastas, defendia internamente cautela quanto à criação do ministério. Segundo aliados, ele já se convenceu de que a decisão será tomada por Lula. A definição final deve ocorrer até janeiro, conforme relatos no entorno do presidente.
Atualmente, os assuntos de segurança no governo Lula estão sob a responsabilidade do Ministério da Justiça e da Segurança Pública, que é liderado por Ricardo Lewandowski.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2024/L/V/b0E6JcTHm1W7BtsKS8Pw/107346894-pa-brasilia-df-17-06-2024-cerimonia-de-assinatura-de-contrato-entre-bndes-e-mjsp-para-de.jpg)
A discussão ocorre em um contexto de estagnação na popularidade do governo. Pesquisas da Quaest indicaram que a segurança pública freou a melhora registrada desde julho: a aprovação oscilou de 48% em outubro para 47% em novembro, enquanto a desaprovação passou de 49% para 50%.
O instituto atribuiu o movimento à preocupação crescente com a violência após a operação policial no Rio de Janeiro, em 28 de outubro, que deixou 122 mortos. No período, o percentual de brasileiros que apontam a violência como principal preocupação subiu de 30% para 38%.