Eduardo Bolsonaro diz que “valeu a pena” ficar nos EUA após cassação por faltas

Atualizado em 18 de dezembro de 2025 às 23:01
ex-deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) em pé, falando e apontando, com bandeira dos EUA ao fundo
O ex-deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) – Reprodução

Cassado pela Mesa Diretora da Câmara dos Deputados por excesso de faltas, o ex-deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou que “valeu a pena” ter permanecido nos Estados Unidos. Em vídeo publicado na rede social X, ele declarou que continuará sendo “a mesma pessoa” após a perda do mandato.

Na gravação, Eduardo afirmou que a cassação não ocorreu por crimes como corrupção, tráfico de drogas ou outras irregularidades, mas por, segundo ele, ter feito o que seus eleitores esperavam. O ex-parlamentar mudou-se para os Estados Unidos em fevereiro e passou a se reunir com autoridades locais para denunciar o que classifica como ditadura no Brasil.

Eduardo Bolsonaro acumulou 59 faltas até o momento da decisão. O número ultrapassa o limite previsto na Constituição Federal, que determina a perda do mandato quando deputados ou senadores faltam a mais de 33% das sessões ordinárias, excetuadas ausências por missão oficial ou licença.

Ao comentar a cassação, Eduardo voltou a afirmar que “valeu a pena” ter permanecido fora do país. Ele mencionou como consequência de sua atuação a aplicação da Lei Magnitsky contra o ministro do STF Alexandre de Moraes em 30 de julho, sanção que foi retirada em 12 de dezembro.

Sem citar nomes, o ex-deputado criticou parlamentares eleitos em 2022 com apoio de seus pedidos de voto. Segundo ele, esses deputados teriam votado a favor da cassação de seu mandato, mesmo após terem sido beneficiados eleitoralmente.

No mesmo contexto, Alexandre Ramagem teve a perda de mandato determinada pelo Supremo Tribunal Federal. Além da decisão judicial, a Mesa Diretora considerou que, por permanecer nos Estados Unidos, ele deixaria de comparecer às sessões e ultrapassaria o limite de faltas. Em defesa enviada à Câmara, Ramagem afirmou ser alvo de “perseguição política” e sustentou que a determinação do STF não caberia ao Supremo.

Jessica Alexandrino
Jessica Alexandrino é jornalista e trabalha no DCM desde 2022. Sempre gostou muito de escrever e decidiu que profissão queria seguir antes mesmo de ingressar no Ensino Médio. Tem passagens por outros portais de notícias e emissoras de TV, mas nas horas vagas gosta de viajar, assistir novelas e jogar tênis.