
O presidente Lula afirmou nesta sexta (19) que vai dar uma “surra em quem se meter a achar que a extrema-direita vai voltar a governar esse país” nas eleições de 2026. A declaração foi feita durante um evento de Natal com catadores, realizado na ExpoCatadores 2025, no pavilhão do Anhembi, em São Paulo.
Lula disse que o enfrentamento será feito por comparação de resultados. “Que venham. Que venham. Porque nós vamos desafiar, não é com palavras, não é com xingatório. Eu quero comparar o que eles fizeram nesse país com o que nós fizemos”, afirmou.
O presidente também falou sobre disposição pessoal para continuar na vida política. “Eu estou com 80 anos, mas se eles soubessem o tesão que eu tenho pra governar esse país, eles não brincariam. Eu digo pra todo mundo: sabe por que eu não vou envelhecer? Porque eu tenho uma causa”, prosseguiu.
Ao mencionar o governo Jair Bolsonaro, Lula disse que o país não pode permitir o retorno da “extrema-direita fascista, negacionista, responsável pela morte de mais de 700 mil pessoas”. Ele afirmou que bolsonaristas atuam com “mentira pela internet”.
Lula também citou a condenação de Bolsonaro e seus comparsas. “Pela primeira vez na história desse país, nós temos um presidente preso por tentativa de golpe. Há quatro generais de quatro estrelas presos nesse país pela tentativa de golpe” e mencionou investigações sobre planos para matá-lo junto do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
No discurso, o presidente voltou a afirmar que pretende vetar o projeto de lei que reduz penas de condenados pelo STF nos casos do 8 de Janeiro e da trama golpista, o PL da Dosimetria. “Eu vou vetar. E se eles quiserem que derrubem o meu veto”, afirmou.
“A gente tem que ensinar esse pessoal a respeitar”, disse o presidente. Ele lembrou derrotas eleitorais anteriores. “Eu perdi três eleições nesse país. Perdia as eleições e voltava para casa. Nunca houve tentativa de golpe nosso. Eles têm que aprender que na democracia vence quem tem mais voto”.
O evento contou com a presença da primeira-dama Rosângela da Silva e de ministros como Guilherme Boulos, Fernando Haddad, Alexandre Padilha e Esther Dweck.