Bolsonaro teve “piora progressiva” e precisa de cirurgia para hérnia, diz PF

Atualizado em 19 de dezembro de 2025 às 17:09
O ex-presidente Jair Bolsonaro em leito de hospital. Foto: Divulgação

Um laudo da Polícia Federal concluiu que o ex-presidente Jair Bolsonaro é portador de hérnia inguinal bilateral, teve uma “piora progressiva” e precisa realizar uma cirurgia “o mais breve possível”. O documento foi elaborado após perícia médica determinada pelo STF (Supremo Tribunal Federal) e aponta agravamento do quadro clínico do líder de extrema-direita, preso há quase um mês.

No laudo, os peritos afirmam que “o procedimento deve ser realizado o mais breve possível, haja vista a refratariedade aos tratamentos instituídos, a piora do sono e da alimentação, além de acelerar o risco das complicações do quadro herniário, em decorrência do aumento da pressão intra-abdominal”.

Bolsonaro passou por perícia médica na quarta-feira (17), no complexo da Superintendência Regional da Polícia Federal. A avaliação foi conduzida por profissionais da PF após solicitação do ministro Alexandre de Moraes, do STF, que também determinou o envio de exames e laudos apresentados pela defesa para análise técnica.

A conclusão oficial da Junta Médica foi finalizada na sexta-feira (19), após a revisão de exames clínicos, documentos médicos e avaliação presencial do estado de saúde do ex-presidente. O laudo foi encaminhado ao Supremo para subsidiar decisões judiciais sobre o caso.

Bolsonaro preso na Superintendência da PF. Foto: Divulgação

A determinação de Moraes foi tomada na segunda-feira (15) e integra o processo de execução penal de Bolsonaro, condenado a 27 anos e três meses de prisão, em regime inicial fechado. A perícia buscou esclarecer se há necessidade real de intervenção cirúrgica e se o procedimento pode ser adiado.

Segundo os advogados do ex-presidente, foi feito um pedido formal ao STF para autorização da cirurgia. A defesa argumenta que o procedimento é urgente e não pode ser realizado em ambiente prisional, devido às condições médicas exigidas para a operação.

Um exame de ultrassom realizado no domingo (14), segundo a defesa, identificou duas hérnias inguinais. Com base nesse diagnóstico, a equipe médica recomendou a realização da cirurgia, apontando risco de agravamento do quadro caso não haja intervenção.

Ainda de acordo com os advogados, o tempo estimado de internação hospitalar após o procedimento varia entre cinco e sete dias. Caberá agora ao Supremo Tribunal Federal analisar o laudo da Polícia Federal e decidir sobre a autorização da cirurgia e as condições para sua realização.

Guilherme Arandas
Guilherme Arandas, 27 anos, atua como redator no DCM desde 2023. É bacharel em Jornalismo e está cursando pós-graduação em Jornalismo Contemporâneo e Digital. Grande entusiasta de cultura pop, tem uma gata chamada Lilly e frequentemente está estressado pelo Corinthians.