
O presidente da Argentina, Javier Milei, declarou apoio às ações do governo dos Estados Unidos contra a Venezuela durante a 67ª Cúpula do Mercosul, realizada nesta sexta-feira (19), em Foz do Iguaçu (PR). O discurso ocorreu em meio ao aumento da pressão internacional liderada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump sobre o governo de Nicolás Maduro.
Na plenária do encontro, Milei afirmou que a Argentina saúda a estratégia adotada por Washington para pressionar o governo venezuelano, sediado em Caracas. Segundo ele, o objetivo seria responder à crise política, social e humanitária que atinge a Venezuela e defender o respeito à vontade popular no país vizinho. “Ditadura atroz e desumana”, mencionou.
O posicionamento do argentino ocorre em um contexto de endurecimento da política externa dos Estados Unidos contra o governo venezuelano. Trump acusa formalmente Maduro de liderar um suposto cartel ligado ao narcotráfico, conhecido como “Cartel de los Soles”, e afirma que a estrutura do Estado sulamericano estaria associada a atividades criminosas.
Durante o discurso, Milei classificou o regime chavista como uma ditadura e afirmou que “Esse perigo e essa vergonha não podem continuar existindo no continente”. O presidente argentino defendeu que a situação venezuelana não pode continuar sem resposta regional e internacional – “O tempo para uma abordagem tímida para este assunto acabou”, disse.
O líder do governo argentino também destacou o reconhecimento internacional à opositora María Corina Machado: “à coragem da vencedora do Nobel da Paz 2025”. A premiação foi entregue à filha da líder política, que leu um discurso em defesa da democracia e fez críticas diretas ao chavismo.
Paralelamente às declarações políticas, os Estados Unidos ampliaram sua presença militar no Caribe e no Pacífico. Segundo informações oficiais, forças americanas já bombardearam mais de 25 embarcações suspeitas de envolvimento com o narcotráfico, ações que resultaram em mais de 100 mortes.
Trump também passou a mencionar publicamente a possibilidade de uma intervenção terrestre na Venezuela e não descartou um conflito armado. O governo americano ainda ameaça impor um embargo ao petróleo venezuelano como parte da estratégia de pressão sobre Maduro.
Em resposta, o governo venezuelano acusa Washington de utilizar o combate ao narcotráfico como justificativa para tentar derrubar o presidente e assumir o controle das reservas de petróleo do país. Caracas nega as acusações e classifica as ações americanas como uma tentativa de ingerência externa.
Veja a fala do presidente argentino:
🚨URGENTE – Milei, na cúpula do MERCOSUL, diz que apoia as ações de Trump para derrubar Maduro
“A Argentina acolhe com satisfação a pressão dos Estados Unidos e do presidente Donald Trump para libertar o povo venezuelano” pic.twitter.com/PsvCYxb9s0
— SPACE LIBERDADE (@NewsLiberdade) December 20, 2025