A ameaça de uma ação militar dos Estados Unidos contra a Venezuela colocou a assessoria internacional do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em estado de alerta durante o fim de ano. Integrantes do Palácio do Planalto afirmam que a equipe permanecerá de sobreaviso em Brasília diante da possibilidade de escalada da tensão regional. As informações são de Lauro Jardim, em O Globo.
O alerta foi acionado após declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre a situação venezuelana e o governo de Nicolás Maduro. A avaliação interna é de que qualquer movimento mais agressivo pode ter impacto direto sobre a América do Sul, exigindo resposta diplomática imediata do Brasil.
Mesmo com a agenda de fim de ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou que sua equipe acompanhe o tema de forma permanente. Lula deve passar o réveillon no Rio de Janeiro, mas mantém contato direto com assessores responsáveis pela política externa.
Na semana passada, o presidente brasileiro sinalizou que pretende tentar novo diálogo com Trump antes do Natal, numa tentativa de reduzir tensões e buscar uma solução diplomática para a crise envolvendo a Venezuela. A interlocução é vista como estratégica para evitar instabilidade na região.
Auxiliares de Lula avaliam que o Brasil pode ter papel relevante como mediador, dada a relação histórica com Caracas e o diálogo mantido com Washington. O objetivo é evitar qualquer ação que leve a um conflito armado e preserve a estabilidade política e econômica dos países vizinhos.
O cenário permanece em monitoramento constante no Planalto. A orientação é manter canais diplomáticos abertos e preparar respostas rápidas caso a retórica americana avance para medidas concretas contra o governo venezuelano.