
A ONG humanitária Sea-Watch informou que uma embarcação com mais de 100 imigrantes naufragou no mar Mediterrâneo, deixando apenas um sobrevivente. O caso teria ocorrido após o barco partir da Líbia e emitir um pedido de socorro pouco depois da saída.
Segundo informações divulgadas pela imprensa italiana, o SOS foi registrado logo após a embarcação deixar a costa líbia. Um avião que fazia patrulhamento da região tentou localizar o barco, mas não encontrou vestígios, o que levantou a suspeita de naufrágio.
De acordo com o jornal Corriere della Sera, as buscas iniciais não tiveram sucesso, reforçando a hipótese de que o navio tenha afundado em alto-mar. A ausência de destroços visíveis dificultou a confirmação imediata do ocorrido pelas autoridades.
Em publicação nas redes sociais, a Sea-Watch afirmou que “116 pessoas morreram em outro naufrágio em 2025”. A ONG acrescentou que “a violência na fronteira não para no Natal” e relacionou o episódio às políticas migratórias restritivas adotadas na região.

“A única coisa que queremos para o Natal são fronteiras abertas”, escreveu a organização, ao afirmar que, se as fronteiras estivessem abertas, “essas pessoas provavelmente nunca teriam sido forçadas a cruzar o Mediterrâneo”.
Ainda segundo a ONG, apenas uma pessoa sobreviveu ao naufrágio. “A única pessoa que sobreviveu foi resgatada por um pescador tunisiano”, informou a Sea-Watch na mesma publicação.
O sobrevivente relatou que a embarcação havia partido de Zuwarah, cidade costeira da Líbia, dois dias antes do naufrágio. Ele contou que poucas horas após a saída as condições climáticas se agravaram.
De acordo com o relato, os ventos chegaram a cerca de 40 km/h, o que teria contribuído para o acidente. Um dia antes, a Sea-Watch havia informado que utilizava seu avião Seabird “em busca de vestígios” da embarcação desaparecida.