
A cirurgia de Jair Bolsonaro (PL), prevista para amanhã (25/12), tem duração estimada de quatro horas, de acordo com os médicos responsáveis pelo procedimento. O ex-presidente será operado para tratar de uma hérnia inguinal bilateral, uma intervenção já confirmada pela perícia médica da Polícia Federal. O cirurgião Cláudio Birolini, que acompanha o caso, explicou que a operação será realizada no início do dia e, inicialmente, não inclui o tratamento para os problemas de soluço de Bolsonaro. As informações são do UOL.
O soluço persistente de Bolsonaro, que chega a ocorrer de 30 a 40 vezes por minuto, será tratado em um segundo momento. A equipe médica está estudando a possibilidade de uma anestesia no diafragma, um procedimento não considerado cirurgia, para amenizar os sintomas. A previsão é que esse tratamento seja feito após a alta hospitalar, já no início da próxima semana. “O foco amanhã é apenas a cirurgia da hérnia”, afirmou Birolini.
Bolsonaro foi transferido para o hospital DF Star em Brasília em um comboio da Polícia Federal. Ele passará a noite de Natal internado, com expectativa de alta dentro de sete dias, após os cuidados pós-operatórios que incluem fisioterapia, monitoramento de feridas e prevenção de trombose. O ex-presidente, que apresenta sinais de depressão e ansiedade, deverá seguir internado sob vigilância médica.

A ansiedade de Bolsonaro, conforme afirmou o cardiologista Brasil Caiado, tem impacto direto nos episódios de soluço, afetando seu sono. Caiado também destacou que, ao receber alta, Bolsonaro retornará à Superintendência da Polícia Federal, com todos os cuidados médicos necessários para garantir sua segurança. O ex-presidente será acompanhado por sua esposa, Michelle Bolsonaro, autorizada por Alexandre de Moraes, ministro do STF, a permanecer com ele no hospital.
O tratamento para o soluço de Bolsonaro, segundo o médico, é uma medida que será adotada em um segundo momento, após a realização da cirurgia da hérnia. O foco inicial é garantir que o procedimento corra sem complicações, como já ocorreu em sua cirurgia de emergência em abril, que durou 12 horas. A visita de familiares será liberada conforme as normas do hospital DF Star.
O caso de Bolsonaro continua a ser monitorado pela Polícia Federal, e a população acompanha as atualizações sobre o estado de saúde do ex-presidente, que está afastado temporariamente das atividades políticas devido à internação.