Médico agredido por sobrinho de Caiado diz que filhos estão traumatizados

Atualizado em 25 de dezembro de 2025 às 13:06
Rodolfo Ramos Caiado durante discussão que terminou em agressão dentro de condomínio em Goiânia. Foto: Reprodução/Câmera de Segurança

O médico agredido pelo advogado Rodolfo Ramos Caiado, sobrinho do governador Ronaldo Caiado, afirmou que os filhos ficaram traumatizados após presenciarem a violência em um condomínio de Goiânia. O ataque, ocorrido na última segunda-feira (22), foi registrado por câmeras de segurança e é investigado pela Polícia Civil de Goiás. Com informações do G1.

Segundo a vítima, a abordagem foi repentina e violenta. “Ele chegou muito nervoso, me cercou e começou a me agredir. Eu só gritava para meus filhos correrem. Meus filhos estão com medo de descer para brincar. Ficaram apavorados com a cena toda”.

As imagens mostram o momento em que o advogado discute com o médico, que estava sentado em uma cadeira de sol, e passa a desferir socos. Três crianças estavam próximas, na área da piscina.

Investigação policial

De acordo com a Polícia Civil, o caso foi registrado como lesão corporal na 8ª Delegacia de Polícia. O exame de corpo de delito já foi solicitado, e o laudo está em andamento. A vítima foi orientada a registrar representação criminal para que a investigação avance.

Moradores e testemunhas ainda serão ouvidos para esclarecer os fatos, inclusive se havia arma de fogo no local. Rodolfo afirmou que o vídeo teria sido divulgado “com intenção política”, por ser sobrinho do governador.

O que motivou a discussão

Conforme o boletim de ocorrência, a confusão começou após um desentendimento entre as crianças. O médico disse que foi à quadra após seu filho de 7 anos ter sido empurrado por outras três crianças e tentou conversar com o pai de uma delas, o advogado.

Horas depois, eles se encontraram na área comum, e a discussão recomeçou. “Eu só disse aos meus filhos para se afastarem e falei: ‘vamos subir, o filhinho de papai está aí’. Eu não chamei o filho dele de covarde, apenas disse que era uma covardia três meninos irem para cima de um menor”, afirmou.

Segundo o médico, Rodolfo chegou à piscina muito alterado e o agrediu sem que houvesse reação.