Bolsonaro, Silvinei e mais 17: os golpistas que romperam a tornozeleira

Atualizado em 26 de dezembro de 2025 às 14:10
Silvinei Vasques e Jair Bolsonaro. Foto: Reprodução

Bolsonaristas envolvidos no ataque de 8 de janeiro de 2023 e na trama golpista tentaram romper suas tornozeleiras eletrônicas após medidas cautelares impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Muitos deles, incluindo o ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques, violaram o equipamento e tentaram fugir do Brasil.

Alguns dos fugitivos utilizaram rotas para Argentina, Uruguai e outros países vizinhos O ex-presidente Jair Bolsonaro também foi alvo de investigações e, enquanto estava em prisão domiciliar, foi para a cadeia em regime fechado após fazer o mesmo: tentar violar sua própria tornozeleira eletrônica.

Peritos da Polícia Federal confirmaram que Bolsonaro usou um ferro de solda para danificar o equipamento. O laudo pericial apontou que a violação foi realizada de maneira “grosseira” e sem precisão técnica, confirmando que ele tentou escapar do monitoramento eletrônico.

Vasques também foi preso em Assunção, no Paraguai, na madrugada desta sexta-feira (26). Ele havia deixado o Brasil sem autorização judicial e tentado embarcar para El Salvador com um passaporte falso. O rompimento de sua tornozeleira gerou alertas nas fronteiras, resultando na sua captura, com apoio da Polícia Federal brasileira.

Ao menos dez bolsonaristas que participaram dos atos golpistas de 8 de janeiro também quebraram suas tornozeleiras eletrônicas e fugiram para a Argentina e Uruguai. A maioria desses fugitivos, que são em sua maioria mulheres com idades em torno dos 50 anos, foram condenados a penas de mais de 10 anos de prisão.

Bolsonaristas que romperam tornozeleiras eletrônicas e deixaram o país. Foto: Reprodução

A fuga desses golpistas aconteceu principalmente pelas fronteiras de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.  Entre os mais conhecidos estão Daniel Luciano Bressan, Ângelo Sotero e Gilberto Ackermann.

Bressan, por exemplo, foi condenado por envolvimento na tentativa de golpe e foi para a Argentina, onde tentou arrecadar dinheiro por meio de rifas. Sotero, um músico de Blumenau, fugiu para o mesmo país após quebrar sua tornozeleira.

Outras figuras como Raquel de Souza Lopes, Luiz Fernandes Venâncio e Flávia Cordeiro Magalhães Soares também romperam suas tornozeleiras e estão foragidas. A primeira, por exemplo, é uma das fugitivas que participou diretamente dos ataques ao Palácio do Planalto e foi condenada a 16 anos e meio de prisão.

Klepter Rosa Gonçalves, ex-comandante da Polícia Militar do Distrito Federal (PM-DF), não chegou a romper o equipamento, mas deixou de usá-lo. Em abril deste ano, sua tornozeleira parou de ser detectada e a defesa alegou que ela estava “carregando”.

Veja a lista de golpistas que violaram suas tornozeleiras:

  1. Jair Bolsonaro
  2. Silvinei Vasques
  3. Daniel Luciano Bressan
  4. Ângelo Sotero
  5. Gilberto Ackermann
  6. Raquel de Souza Lopes
  7. Luiz Fernandes Venâncio
  8. Flávia Cordeiro Magalhães Soares
  9. Alethea Verusca Soares
  10. Rosana Maciel Gomes
  11. Jupira Silvana da Cruz Rodrigues
  12. Fátima Aparecida Pleti
  13. Paulo Augusto Bufarah
  14. Klepter Rosa Gonçalves
  15. Edith Christina Medeiros Freire
  16. Marinaldo Adriano Lima da Silva
  17. Roque Saldanha
  18. Roberta Jersyka Oliveira Brasil Soares
  19. Vitório Campos da Silva
Caique Lima
Caique Lima, 27. Jornalista do DCM desde 2019 e amante de futebol.