
O presidente da Câmara Municipal de Turilândia (MA), vereador José Luís Araújo Diniz, conhecido como “Pelego” (União Brasil), assumiu interinamente a prefeitura do município após decisão judicial que afastou o prefeito Paulo Curió (União) e a vice-prefeita Tânya Mendes (PRD). A mudança foi formalizada por portaria publicada na sexta-feira, que reconheceu a vacância temporária dos cargos do Executivo municipal.
Pelego, que cumpre prisão domiciliar, é investigado na Operação Tântalo II, conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
Segundo o Ministério Público do Maranhão, uma organização criminosa teria se instalado na administração municipal para desviar recursos públicos, principalmente das áreas de Saúde e Assistência Social. O esquema, que teria atuado entre 2021 e 2025, é suspeito de causar prejuízo superior a R$ 56 milhões aos cofres públicos.

Além do prefeito e da vice, que se entregaram e foram presos, empresários, servidores, dez vereadores e um ex-vereador também são investigados por crimes como organização criminosa, fraude à licitação, corrupção ativa e passiva, peculato e lavagem de dinheiro. Com a mudança no Legislativo, a vice-presidente da Câmara, vereadora Inailce Nogueira Lopes, também em prisão domiciliar, passou a exercer interinamente a presidência da Casa.
Ao g1, o promotor Fernando Berniz, do Gaeco, afirmou que Pelego está autorizado pela Justiça a exercer a vereança, mas não a atuar como prefeito. “Ele não pode. Caso queira exercer as funções no Executivo, precisa pedir autorização à desembargadora. Hoje, ele só pode sair de casa para ir às sessões da Câmara Municipal previamente designadas”, disse.