
O caso do Banco Master pode desestruturar todo o sistema financeiro brasileiro. É o que mais dizem. Quanta bobagem. A quebra do Nacional em 1995 não quebrou porra nenhuma. A falência do Nacional em 1997 não parou o país.
Os destroços do Banco Master vão abalar muita gente, mas não vão quebrar o Brasil. O país enfrenta até a ação criminosa de uma Lava-Jato e não quebra.
Então, essa conversa de graves abalos do Master no sistema financeiro existe apenas para reforçar os ataques a Alexandre de Moraes. Dão relevância a um banco que ninguém sabia que existia para dizer que o ministro envolveu-se com um baita banco.
Que história babaca. Entrem nas listas dos bancos brasileiros, para ver quais são os grandes, por qualquer critério de avaliação, de patrimônio, ativos, clientes, lucro, movimentação financeira. O Master não aparece.
Aparecem até o Banrisul, o Nubank, o BTG, o Sicredi, mas não tem Master em lista alguma. Valorizaram o Master nos jornalões porque era preciso legitimar a denúncia. O que não significa que não há bilhões nesse rolo. Bancos lidam com bilhões.
O que existe hoje em boa parte do jornalismo é esforço corporativo para dizer que denúncias não precisam de provas e que esse é um problema da Justiça. Que Alexandre de Moraes não é o Batman e que por siso, por não ser unanimidade, precisa se defender. Ele e Gabriel Galípolo.
Esse jornalismo do compadrio corporativo e de amiguinhos, que mobiliza toda a tropa lavajatista, é conhecido dos brasileiros. Já atuou na defesa do grampo de Sergio Moro contra Dilma e Lula em 1996.
Atuou como avalista do lavajatismo sem provas de de Curitiba, que não existiria sem o suporte da grande imprensa. Todos eles, os que defenderam Moro, agora se voltam contra Moraes.

Não há surpresas. Todos os colunistas, que agora fazem jornalismo ‘investigativo’ sem provas, tentam substituir os repórteres nas redações. Porque a intriga passou a ser furo.
Por isso, pela insistência deles, o caso Master assumiu a dimensão que tem hoje, quando era, até dias atrás, uma tramoia com títulos podres envolvendo máfias bolsonaristas nos Estados e Ibaneis Rocha.
Agora, o envolvido é Alexandre de Moraes, porque a direita estava à espera de uma pisada em falso do ministro. Não o fascismo, mas a velha direita. Por isso o Master poderia quebrar o Brasil, com a ajuda de Moraes.
Vamos repetir a pergunta que Maria da Conceição Tavares faria: mas que porra de Master é esse? Que porra de denúncia é essa sem prova? Que porra de jornalismo estamos fazendo desde o golpe contra Dilma? Saudade da Conceição.