
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes negou o pedido para que o sogro de Jair Bolsonaro pudesse visitá-lo durante a internação hospitalar em Brasília. O ex-presidente está internado desde 24 de dezembro, após ser submetido a uma cirurgia de hérnia inguinal e a procedimentos para tratar crises persistentes de soluço.
Na decisão, Moraes registrou que o pedido foi apresentado no dia 30 de dezembro pela defesa do ex-presidente. “Em 30/12/2025, a defesa requereu autorização de visita para o sogro do custodiado, durante o período de internação”, escreveu o ministro.
Ao justificar a negativa, Moraes afirmou que a internação impõe um regime excepcional de custódia. “No caso concreto, o apenado encontra-se internado em unidade hospitalar, circunstância que impõe regime excepcional de custódia, distinto daquele existente no estabelecimento prisional”, destacou.
Segundo o ministro, o ambiente hospitalar exige observância de normas próprias e orientações médicas, além da necessidade de garantir segurança e disciplina. “Diante das circunstâncias excepcionais da internação hospitalar, da necessidade de garantir a segurança e a disciplina, indefiro o pedido formulado”, concluiu.

Bolsonaro segue internado no Hospital DF Star, em Brasília. Nesta quarta (31), ele será submetido a uma endoscopia digestiva alta para avaliação de refluxo gastroesofágico, conforme confirmado pelo médico Cláudio Birolini.
Na terça (30), o ex-presidente passou por um novo procedimento para tentar reduzir as crises de soluço. O tratamento incluiu a complementação do bloqueio anestésico dos nervos frênicos bilaterais, responsáveis pelo controle do diafragma.
Em boletim médico, a equipe informou que Bolsonaro permanece em cuidados pós-operatórios, segue em fisioterapia respiratória, utiliza CPAP noturno e adota medidas preventivas contra trombose. Antes disso, ele já havia passado por bloqueio do nervo frênico esquerdo e, posteriormente, do lado direito, na tentativa de controlar os episódios persistentes.