Gleisi rebate revista The Economist: “Lula cuida muito bem da saúde”

Atualizado em 31 de dezembro de 2025 às 15:47
A ministra da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Gleisi Hoffmann, e o presidente Lula. Foto: Brenno Carvalho/Agência O Globo

A ministra da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Gleisi Hoffmann, reagiu nesta quarta (31) a um editorial da The Economist e afirmou que o presidente Lula é um “líder cheio de vitalidade”. A declaração foi feita após a revista defender que Lula não dispute a reeleição em 2026, citando, entre outros pontos, a idade do mandatário, que completou 80 anos em outubro.

No texto publicado pelo periódico britânico na terça (30), a Economist disse que Lula “poliria seu legado” ao abrir mão de um novo mandato, permitindo uma disputa por um nome renovado da centro-esquerda. A revista argumenta que a permanência do presidente no cenário eleitoral dificultaria a reorganização desse campo político.

“O verdadeiro risco que a reeleição do presidente Lula representa para a The Economist nunca foi a idade de um líder cheio de vitalidade e que cuida muito bem da saúde. O que eles temem é a continuação de um governo que retomou o crescimento do Brasil e não tem medo de enfrentar a injustiça tributária e social”, escreveu a ministra no X.

Ela ainda chama a Economist de “revista do sistema financeiro global”. “Prefere que o Brasil volte a ser submetido aos mandamentos do ‘mercado’, abandonando as políticas públicas voltadas para o povo, o crescimento do emprego, dos salários e da renda das famílias”, prosseguiu.

Em editorial, The Economist diz que Lula não deveria disputar a reeleição em 2026. Foto: Reprodução

No mesmo editorial, a Economist analisou o cenário eleitoral de 2026 e apontou o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, como o nome mais proeminente da direita em uma eventual disputa contra Lula. A revista o descreve como um candidato competitivo no campo conservador.

A ministra afirma que a revista prefere Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo, “por seus interesses, que não são os do país nem do povo brasileiro”.

O editorial da Economist também tratou da direita ligada ao bolsonarismo. A revista classificou o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) como “impopular” e “ineficaz” e sugeriu que partidos busquem um nome alternativo, de centro-direita, capaz de superar a polarização política e respeitar o Estado de Direito.

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Caique Lima
Caique Lima, 27. Jornalista do DCM desde 2019 e amante de futebol.